O Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, avaliou durante visita a Goiânia a relação entre o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontou que a proximidade entre os dois deve ser retomada para a disputa das eleições deste ano. O pré-candidato ao Senado pelo estado do Pernambuco fez questão de ressaltar ações do governo federal ao longo dos últimos três anos e, questionado pela Sagres, rejeitou a aparente distância entre o presidente e o governador.
“Olha, eu não consigo ver distância política quando você tem dois lados: um vermelho e um azul. Eu não tenho dúvida de que Ronaldo Caiado está do lado azul da política”, avaliou o ministro. Caiado recepcionou Gilson Machado na Praça Cívica para a inauguração do prédio restaurado da Chefatura da Polícia Civil, mas evitou qualquer avaliação política, apesar de retomar elogios à gestão de Bolsonaro. “O partido dele talvez lance um candidato ele tem que honrar o partido, mas eu não tenho dúvida de que, caso tenha um segundo turno, e nós estejamos no segundo turno, não tem dificuldade”, afirmou Gilson.
O ministro ainda evocou a histórica posição como líder direitista e conservador de Ronaldo Caiado, desde o fim dos anos de 1980, para definir que o governador estará do mesmo lado do presidente, mesmo se apoiar outro candidato no primeiro turno. “Até pela sua história, desde a época do antigo PFL, desde a época da UDR, de que ele foi o fundador, lutando pela segurança no campo, lutando contra as invasões de terra. A gente sabe que ele vai estar do lado azul e não do lado vermelho”, cravou.
Desconversando
Nas várias deixas abertas pelo ministro, Ronaldo Caiado apenas agradecia e sorria, sem qualquer posição de aproximação política com o Planalto, além da parceria administrativa. O governador apenas afirmou que é “testemunha disso”, em relação às mudanças implantadas pela gestão Bolsonaro, relatadas por Gilson Machado.
E a bandeira?
Sem máscara e abraçado a Caiado, o ministro bradou: “Nossa bandeira é verde e amarela, nunca será vermelha!”. Ao que o governador apenas agradeceu: “Obrigado, gente. Brigadão. Vamos lá!”
Prazo dado
Exatos 13 dias depois da aprovação do projeto de revisão do Plano Diretor de Goiânia, o presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Patriota) assinou o autógrafo de Lei que abre prazo para o prefeito, Rogério Cruz (Republicanos) sancionar ou vetar a proposta. A aprovação ocorreu por 25 votos favoráveis e 6 contrários, no dia 3 de fevereiro.
Tempo
O prefeito tem 15 dias úteis para analisar o texto e, se decidir sancionar sem vetos, a matéria passa a ter validade no prazo de 180 dias. Durante esse período, de seis meses, o Paço deve encaminhar as leis complementares ao Plano, que regulamentam as novas regras definidas na Lei.
Projetos
Há o interesse do Paço Municipal de também finalizar e encaminhar ao parlamento municipal outros planos, como de Mobilidade, Arborização e Habitação. O autógrafo de lei registra 73 modificações no projeto original encaminhado pelo Paço, ainda na gestão de Iris Rezende, em julho de 2019. Do total, 55 mudanças foram feitas em janeiro, pelo relatório final da Comissão Mista.
Homenagem
A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara de Vereadores de Goiânia derrubou nesta quarta-feira (16) o veto do prefeito Rogério Cruz ao projeto que renomeia a Avenida Castelo Branco em homenagem ao ex-prefeito Iris Rezende.
Tramitação
O veto agora deve ser avaliado pelo plenário da Casa na terça-feira (17). Se for mantida a decisão da CCJ de derrubar o veto, a via vai receber o nome do político, que faleceu no ano passado, após complicações de um AVC.
Da base
O vereador Clécio Alves, autor do texto, criticou o veto do prefeito e afirmou que a homenagem é justa. O voto contrário foi de Pedro Azulão Junior, que afirmou que comerciantes da região não desejam a troca do nome, uma vez que terão despesas para substituição de placas e pinturas na fachada.
