Um comitê foi montado para orientar a prefeitura sobre a forma de agir e conseguir recursos do governo federal. Outra atribuição será de conhecer a situação dos moradores de rua e avaliar as políticas públicas implantadas. Este comitê foi composto por pessoas de diferentes secretarias.

A Secretária Municipal de Assistência Social, Maristela Alencar, explica o que poderá mudar com a criação deste comitê. “O foco vai ficar mais delimitado na formação de políticas claras. Em parceria com a UFG vamos fazer um censo qualitativo e quantitativo. Hoje não existe um censo certo e as caraterísticas dos moradores de rua,” conta.

No último dia cinco, a prefeitura aderiu ao Plano Nacional para a população em situação de rua. Este plano é de 2009, mas só agora está sendo implantado. A justificativa da secretária, Maristela Alencar, é que só agora neste ano é que ela assumiu a secretaria e por isto pôde aderir ao plano nacional. A execução do plano prevê a integração de diferentes setores: saúde, educação, assistência social e segurança pública. No entanto, na semana passada, ocorreu um desencontro entre SEMAS e PM e que a Polícia Militar realizaria uma ação e a SEMAS a alega que não foi comunicada.

A secretária argumenta que está aberta a ações conjuntas com a PM. “Quando você trabalha com pessoas em situação de rua, e a ideia da PM era trabalhar com adolescentes e criança tem que ser um trabalho planejado. Já aconteceu uma operação assim, Operação Saulos, que deu problema, pessoas se machucaram. Mas não existe divergência com a PM,” afirma.

O assessor especial para direitos Humanos da prefeitura, José Eduardo da Silva, destaca que é uma vergonha Goiânia enfrentar este atual quadro envolvendo mortes de moradores de rua. “Essas pessoas precisam ser protegidas pelo Estado e pelos entes federativos. A prefeitura está tomando decisões corretas no sentido de minimizar esses problemas. É necessária a participação do governo federal e do Estado também,” cobra.