Continua a polêmica envolvendo motoristas e empresas do transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia. Patrões e empregados ainda não chegaram a um acordo. Na última sexta-feira (19), ocorreu reunião intermediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás. De um lado, os representantes das empresas ofereceram 6,75% de aumento nos salários, tickets e gratificação complementar. De outro, os trabalhadores que reivindicavam 19% de reajuste salarial, além de melhorias nos outros benefícios. A Superintendência sugeriu um aumento de 10%. As empresas não concordaram, ofereceram 7% e este valor foi rejeitado pelos motoristas em Assembleia.

O risco de greve continua, como afirma o presidente do Sindtransporte, Alberto Magno. “Nós vamos buscar a intermediação do Ministério Público agora no meio da semana e uma assembleia no domingo (28) para decisão da greve já na outra semana, mas nós já esperamos que nessa semana no Ministério Público a gente ache uma solução,” cita.

Nos últimos dias ocorreram reclamações de usuários de que os motoristas estariam fazendo operações tartaruga, ou seja, atrasando horários; simulando quebras de veículos, fazendo com que passageiros desçam do ônibus e atrasos de horários. O presidente do Sindtransporte nega que há determinação do sindicato ou alguma articulação para que os motoristas tenham este tipo de atitude.

A reportagem não conseguiu localizar representante do Setransp para comentar o assunto. Como não ocorreu acordo entre motoristas e patrões na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os trabalhadores pretendem solicitar intervenção do Ministério Público de Goiás para resolver a questão.