O MP estipulou um prazo de 45 dias para que a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) e empresas de ônibus apresentem um plano de melhoria no controle da fiscalização de embarque e desembarque de passageiros.
O Presidente da Companhia, José Carlos Xavier – O Grafite, admite a necessidade de corrigir problemas na subida e descida do cidadão no ônibus. “Foi definido que os operadores e a CMTC apresentarão um novo plano de controle e fiscalização. Precisamos aprimorar esse controle e sempre há espaço para isso”, afirmou.
“Não assumimos e não podemos assumir que os acidentes são falta de controle porque isso há. Eventualmente pode haver uma falha ou outra e é lamentável que ocorram acidentes fatais e isso tem que ser coibido”, complementou.
Força da lei
O Promotor de Defesa do Consumidor, Murilo de Morais Miranda, argumenta que, caso as empresas e a CMTC não cumpram o acordo de apresentação do plano de melhorias, o Ministério Público poderá usar a força da lei.
“É caso do MP entrar com ação civil pública pra garantir essa segurança. Nós estamos dando a chance para que eles se adequem e acreditamos que, do jeito que está hoje, não está funcionando, porque as pessoas estão morrendo”.
Motoristas e passageiros
O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes (Sindtransporte), Alberto Magno, argumentou, após a reunião, que os motoristas estão dispostos a colaborar com o plano e destacou as dificuldades pelas quais a categoria passa.
“A gente não pode pagar essa conta sozinhos e a intenção do MP é ajudar nisso também. A profissão do motorista é muito difícil, o trânsito é estressante e por outro lado eu tenho a convicção de que a maioria dos motoristas trabalha corretamente”.
O Promotor Murilo de Morais Miranda ainda reforçou que, além de contar com o apoio dos trabalhadores do transporte, é preciso uma campanha para conscientizar os usuários do transporte coletivo.