(Foto: Rubens Salomão)
O Ministério Público de Goiás deve encaminhar à Justiça nestas próximas semanas mais duas denúncias contra o médium João de Deus, envolvendo oito vítimas. Já há outra denúncia contra ele no Judiciário. A informação é do promotor Augusto César de Souza, membro da força-tarefa do MP-GO, em entrevista à Rádio Sagres 730, nesta quarta-feira (9).
O promotor confirmou que a força-tarefa recebeu mais de 500 contatos sobre o caso e identificou 255 vítimas. Trabalha agora na formalização da coleta de depoimentos e na obtenção de outros elementos comprobatórios dessas denúncias. O que chamou a atenção do promotor foi o que ele denominou de “similitude do modus operandi relatado pelas vítimas” sem que elas tivessem contato umas com as outras.
Havia a abordagem, depois a vítima era levada a sua sala para o atendimento individual, aí ocorria o abuso relacionamento a um tipo de suposto atendimento espiritual, informou. Augusto César de Souza afirma que este caso é a maior representação da quebra da cultura patriarcal. “Não devemos questionar a idoneidade e veracidade, pois a vítima se expõe. Isso é uma atividade de liberação e foi a maior quebra de silêncio de mulheres no país”.
O promotor revela que a força-tarefa separa os casos em que houve prescrição dos que podem ser denunciados. É que a legislação reduz à metade, neste caso a 10 anos, o prazo de prescrição de crimes para acusados com mais de 70 anos. Além disso, a vítima deve fazer a denúncia às autoridades em até seis meses após a ocorrência da violação sexual mediante fraude.
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