O Ministério Público Estadual (MP-GO) e a Polícia Militar (PM) pediram nesta quarta-feira (29) a prisão preventiva dos policiais militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) envolvidos no episódio que resultou na morte de duas pessoas no município de Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia.
O crime ocorreu no último sábado (25). O auxiliar de produção Tiago Messias Ribeiro, de 31 anos, morreu após ser feito refém dentro do carro da empresa onde trabalhava. O assaltante, um rapaz menor de idade, tentou roubar o veículo e obrigou a vítima a dirigir, mas também acabou baleado e morto em um tiroteio com os policiais próximo a um posto de gasolina. O suspeito já havia roubado o automóvel do pai da enteada de Tiago na sexta (24).
O pedido do MP-GO foi feito em parceria com a Polícia Civil. Além da prisão temporária, os órgãos solicitam o afastamento dos policiais de todas as funções.
Na última terça-feira (28), o capitão Pedro Rodrigues Santos Júnior, encarregado do inquérito policial militar, solicitou a prisão preventiva dos policiais. O comandante da PM-GO, coronel Divino Alves, admitiu que houve erro por parte dos PMs na ação, e que os mesmos já estão afastados das atividades nas ruas.
Imagens
Câmeras de segurança do posto de gasolina registraram o momento em que o veículo VW Gol, de cor branca, foi cercado pelos policiais. Houve troca de tiros e os dois ocupantes, assaltante e refém, foram baleados.
Uma outra câmera registrou também o momento em que um dos policiais passa correndo por trás do Gol, retira a vítima, Tiago, do carro e depois entra pelo lado do passageiro, disparando de dentro para fora contra o próprio carro da PM, em uma suposta tentativa de fraudar a cena do crime. O corpo do auxiliar de produção, em seguida, foi colocado dentro do porta-malas. Para a Polícia Civil, as imagens mostram que os agentes alteraram a cena do crime.
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