O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil público para apurar se as autoridades responsáveis pelo Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia, HUAPA, tem seguido o Programa de Controle de Infecção Hospitalar. A investigação foi aberta pelo procurador da república Ailton Benedito para que surtos como o ocorrido em 2009 não voltem a acontecer.

Naquela oportunidade, 81 pacientes do HUAPA entraram em um quadro de infecção hospitalar, sendo que 51 faleceram. Ailton Benedito explica o que é exigido da administração do hospital e da Secretaria Estadual de Saúde.

“Nós requisitamos informações aos gestores do hospital e aos gestores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás sobre esta unidade. Quais foram as providências que eles tomaram desde 2009 até agora. Quais são os índices de infecção hospitalar desde o ocorrido. Se as ações corretivas foram todas implementadas.”

O procurador explica ainda que o Ministério Público Federal ainda não estabeleceu que medidas poderão ser tomadas caso alguma irregularidade seja detectada.

“O que queremos saber primeiro é quais são as providências que não foram tomadas. Em um primeiro momento, se não foram tomadas medidas devidas, seguramente o Ministério Público Federal recomendará que elas sejam tomadas em prazo urgente. Se alguma prática ilícita por parte dos gestores for verificada, o MPF tomará as medidas no sentido de punir estes gestores.”

A assessoria da secretaria estadual de Saúde divulgou que um relatório está sendo preparado com as medidas que foram tomadas pelo órgão para que o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia não voltasse a ter problemas com infecção hospitalar.

O inquérito civil público do MPF estabelece o prazo de 10 dias para que as informações sejam repassadas pela Secretaria Estadual de Saúde.