É bem clara a gigante desigualdade da divisão de cotas da televisão no Campeonato Brasileiro.
Clubes como Flamengo e Corinthians recebem R$ 120 milhões por temporada.
Na outra ponta, a Chapecoense recebe R$ 18 milhões para disputa da mesma competição.
É impossível falar em luta por título para o time catarinense.
Realidade parecida com o Goiás que pega cerca de R$ 30 milhões da Globo.
O valor é insuficente para o clube esmeraldino brigar pelo tão sonhado título. Por outro lado é suficiente para ele manter a enorme distância para adversários na região Centro-Oeste.
Isso causou acomodação aos dirigentes que deveriam se juntar com outros do mesmo porte (Coritiba, Bahia, Sport, Vitória), para lutar por uma distribuição mais próxima da igualdade.
Se aqui já é estremamente injusto, na Espanha a situação é bizarra.
Real Madrid e Barcelona, cada um, recebe 140 milhões de euros pelo Campeonato Espanhol.
O terceiro colocado é o Valência com 48 milhões de euros.
Sensação, nas últimas temporadas, o Atlético de Madrid de Simeone vem tirando leite de pedra. O grande rival do Real recebe 40 milhões e com competência chegou ao título na Espanhol e a decisão da Liga dos Campeões no ano passado.
Imaginar que os pequenos vão receber o mesmo dos grandes, infelizmente é utopia.
Fica a torcida para que um dia a distribuição seja parecida com a Inglaterra.
Na Terra da Rainha metade da receita de televisionamento é dividida igualmente entre todas as equipes, 25% de acordo com a classificação final e 25% através do número de partidas exibidas na televisão.
Bem mais justo.
Por lá times como City, United, Chelsea, Arsenal – conquistam mais títulos por conta da competência administrativa e o poder de agregar valores através de patrocínios milionários.