Bola dentro de Ney Franco ao escolher e chamar a responsabilidade de levar o Goiás Esporte Clube para jogar no Estádio Olímpico. Lá o time esmeraldino venceu seus dois únicos jogos no Campeonato Brasileiro. Primeiro o clássico contra o Atlético e agora o Paysandu em uma vitória convincente pelo placar de 2 a 1.

Lucão que estava no elenco do Goiás, muitos esqueceram dele, marcou o gol da vitória. Um golaço de fora da área. O centroavante balançou as redes em quatro oportunidades nos últimos três jogos. Bem que poderia estar com um número maior de gols – ele errou dois feitos diante do Papão. O que ele fez, teve um grau de dificuldade bem maior.

Mas a recuperação do jogador a partir da confiança depositada nele pelo técnico Ney Franco é uma mostra que o Goiás não tem só jogadores limitados. Tem peças que podem produzir mais do que estavam apresentando.

Michael é outro exemplo. Parecia apenas mais um para compor o banco de reservas. Ele só não fez chover no jogo contra o Paysandu. Os defensores do time paraense vão ter pesadelos com o jogador durante toda a Copa do Mundo. Foi cada entortada. O atacante conseguiu ser produtivo, driblou com objetividade e deu as assistências para os dois gols, além de acertar a bola uma vez na trave.

Felipe Garcia entrou no segundo tempo no lugar do próprio Michael e quase a exemplo dos companheiros, deu a volta por cima. Náo escondeu do jogo. Ganhou na corrida de dois adversários, deu uma meia lua no zagueiro e também acertou a trave. Muitos pegaram no pé, mas é bom enxergar de outra maneira: pode ter sido o início de uma recuperação do jogador que foi bem no Brasil de Pelotas durante três temporadas e que pode apresentar mais daqui para frente e ser útil em uma reação alviverde.

Com os pés no chão e sem euforia, o Goiás pode pensar em escapar das últimas colocações na tabela de classificação com um futebol mais equilibrado e regular. O Londrina é o próximo adversário, oportunidade para emplacar a primeira vitória fora do Olímpico.