No dia 7 de junho de 2014, um dos maiores ídolos da história do Goiás e do Internacional se foi. Fernando Lúcio da Costa, o Fernandão, faleceu em Aruanã, interior do estado, vítima de um acidente de helicóptero, que também vitimou outras quatro pessoas.

Após exatamente um ano da tragédia, a companheira do ídolo colorado segue recebendo o carinho de amigos, familiares e fãs do jogador. E aproveita para sempre lembrar o marido, por meio de fotos e vídeos, e assim mostrar aos filhos, os gêmeos Enzo e Eloá, de 12 anos, o grande homem que era Fernandão. E essa relação familiar é a nona matéria da Rádio 730/Portal 730 em homenagem àquele que foi um dos maiores jogadores da história do futebol goiano.

Após a missa realizada em memória à Fernandão, no estádio Beira-Rio, a esposa Fernanda Bizotto Costa concedeu rápida entrevista ao repórter Juliano Moreira, da Rádio 730, e agradeceu o carinho também dos goianos. “Só tenho a agradecer a Goiânia. Representa muito, que as pessoas entenderam todo recado que o Fernando passou e que o Fernando é querido e isso que importa. Agradeço a todo mundo e agradeço ao pessoal de Goiânia também porque sei que está tendo muita homenagem”.

Anteriormente, em entrevista ao site Globoesporte.com, Fernanda revelou que se mudou de Goiás para Porto Alegre com os filhos para não deixar os feitos e conquistas do marido serem esquecidos. E, de quebra, contar com o carinho dos colorados, que idolatram Fernandão, considerado um dos principais jogadores da história do clube. “Na verdade, a gente gostava muito daqui. Pouco tempo antes do Fernando falecer, o Enzo pediu pra voltar pra Porto Alegre. Ele chorava muito, não estava bem. Uma vez ele pediu: ‘pai vamos, embora! Eu não quero mais ficar aqui (em Goiás)’. E o Fernando respondeu ‘eu não posso ir embora. Preciso fazer alguma coisa e para eu fazer alguma coisa eu preciso estar aqui. Papai não pode estar lá (em Porto Alegre)’. Quando aconteceu o acidente (no dia), eu fui pro velório, o Enzo virou para mim e falou ‘mãe, agora não tem mais meu pai! Vamos embora! Eu não quero ficar aqui, quero voltar para Porto Alegre’. 

“Vim para aquela homenagem que fizeram no jogo contra o Flamengo. E as crianças não queriam embora, encontraram com os colegas e, dois dias antes de eu voltar pra Goiânia, fui jantar com o Francisco Novelletto. Eu e as crianças. E o Enzo virou pro Chico e falou ‘a minha mãe quer ir embora e eu não quero’. Eu já estava pensando há muito tempo. Olhei a torcida, as homenagens e como eles estavam nos tratando aqui. Um dos meus maiores medos é que as crianças são muito novas. Eu tenho medo de eles esquecerem. Então, pensei: ‘mesmo se eu estiver aqui e eles esquecerem, alguma coisa eles não vão esquecer’. Acho que aqui é mais vivo pra eles, sabe? Eles vão estar lembrando, as pessoas vão estar falando pra eles: “nossa, a gente gostava muito do seu pai, seu pai é maravilhoso”. Ontem eu tava voltando de táxi com a Eloá e o motorista falou ‘você era esposa do capitão, né? Ganhei meu dia te carregando’. Aí virou para ela e disse ‘o Inter era uma coisa antes do seu pai chegar. Seu pai que trouxe vida pro Inter’. E ela escutou. Isso pra mim é importante. É uma forma de manter viva a memória e o caráter do pai”.