Após a renúncia do ex-presidente Gutemberg Veronez, os clima nos bastidores do Vila Nova é de muita agitação. A eleição para o cargo está marcada para o dia 9 do próximo mês, e por enquanto, duas pessoas já declararam candidatura: Ecival Martins, atual presidente interino, e Murilo Reis, conselheiro e ex-diretor de marketing do Tigre, durante a gestão de Guto.

Ontem (27), Murilo foi o convidado do programa Debates Esportivos, da Rádio 730. Entre os assuntos, o candidato apresentou suas propostas para a gerência do clube, caso seja eleito. Ele ainda destacou sua opinião sobre a renovação do técnico Guilherme Alves – clique aqui e leia mais.

Murilo explicou sua versão sobre a polêmica envolvendo o borderô do Vila Nova nas últimas temporadas.

“Eu não pretendo repetir aquela negociação. Não burlamos nada, existia contrato e ela foi pensada foi para a sobrevivência do clube na época. Mas na minha visão, a prática de venda de rifas, por exemplo, não soa bem na imprensa e para o torcedor. Eu não pretendo colocar essa negociação na minha gestão, caso eu seja eleito”.

Sobre o assunto, em comparação com os rivais Atlético e Goiás, Murilo Reis alegou que o contrato de 2015 não tinha, especificamente, os valores divulgados no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “É uma situação que estava sendo investigada pelo COF e a Comissão. Não posso expor a instituição antes de um veredito”, disse.

Ele complementa. “Fizemos uma negociação para 2015 sem contrato, apenas um acordo verbal. Quem fazia o acerto era o falecido Rafael Augusto, vice-presidente de finanças. Em 2016, o Guto resolveu assumir esta função e foi realizada uma nova negociação na minha sala. Foi negociado um novo valor para a fabricação dos ingressos, que mudou pouca coisa em relação de 2015. Tudo nos padrões de Atlético e Goiás”.

A COBRANÇA

“Quando questionamos os valores, diversas vezes, ele – Guto – dizia que iria resolver. Hoje, essa denúncia, realizada por nós, está sendo investigada. Apresentei as provas que desmentem a informação que ele disse na imprensa – que os valores seriam os divulgados no site da CBF – e a comissão está realizando a investigação. Eu prefiro que eles divulguem e apresentem ao público a verdade sobre este assunto”.

“Sempre agimos dentro da legalidade, nunca puxei o tapete de ninguém. Não existe de falar na imprensa. Se apresentar as denúncias é remar contra o clube, esta é a opinião dele. Nunca me senti atingido pelas palavras do ex-presidente”.

A CHAPA

“Hoje cerca de 35 pessoas, entre conselheiros e associados estão nos apoiando na campanha. Não foi feito, ainda, uma lista definitiva das pessoas que podem assumir os cargos, em caso de suceso na eleição. No entanto, existem três pessoas, além do Marcus Lorenzo, que serão fundamentais no meu mandato, caso eu vença: Ricardo Queiroz e o Thiago Carneiro, ambos trabalhando diretamente na Gestão do Vila Nova; e o Maurílio Teixeira, ex-presidente do Vila, que será nosso diretor jurídico, caso aceite meu convite”.

“O mandato será tampão, semelhante ao do Guto de 2015. Começa no dia seguinte após a eleição e finaliza no final da próxima temporada” .

VILA NOVA EM 2017

“Não pretendo desmontar o time, acredito que um clube deve começar a temporada com uma base. Mas quem fica ou sai, irá depender do departamento de futebol e posteriormente do presidente. Eles terão total autonomia para definir quem segue ou chega no Vila para o ano que vem”.

“Não irá faltar trabalho, empenho, criatividade e pessoas afim de fazer o Vila Nova subir para a primeira divisão. O torcedor sabe que na atual temporada o acesso não foi possível por detalhes. Não foi apenas uma situação. Nos resta aprender com os erros para não voltar a repetir”.  

WILSON BALZACCHI

“Eu tenho respeito pelo Wilson. Já foi um grande amigo, até o hospedei no Rio quando morava lá. Mas concordamos que o Vila nos afastou um pouco. Ele mesmo já falou isso em algumas reuniões do conselho. Temos uma boa relação, mas divergimos em algumas ideias. Basicamente ouvi dele que talvez não é o melhor momento para eu assumir à presidência do clube. Eu não fico questionando as opiniões e razões das pessoas, apenas respeito”.

A CAIXA

“É verdade, sobre a negociação com a Caixa está adiantada. Em 2015 houve a criação de um projeto de patrocínio para ser aprovado pelo departamento de marketing. No lançamento do evento, realizado pelo Goiás, houve uma conversa entre o Governador Marconi Perillo e Diretores da Caixa onde ficou ‘acertado’ que o Vila também deveria ser um clube goiano patrocinado pelo banco. Mas para isso ser realizado, irá depender das exigências da Caixa e se o clube atende todas as solicitações. Eu tenho confiança que esse patrocínio será finalizado, até porque é muito importante para a imagem da instituição”.

O APOIO

“Eu recebo apoio todos os dias. Pessoas confiando na minhas ideias, só estou colocando meu nome na frente porque acredito que acredito que o Vila pode dar certo. Existem pessoas por trás que pensam da mesma forma. Antes do Vila, essa candidatura é para a torcida. Eu sou muito aberto para ouvir ideias e tenho vontade de trabalhar para mudar a história do meu clube. Estarei 100% do meu tempo nas instituições do clube e vale a ressalva: sem remuneração”.