Com emoção, e muita! Foi assim que o Vila Nova conseguiu a sua classificação à final do Brasileirão Série C, sobre o Brasil de Pelotas. No jogo de ida 0 a 0 e a decisão no Serra Dourada. O Tigre pressionou no tempo normal, teve boas chances e até poderia ter evitado um pouco do sofrimento da torcida, mas a bola teimou em não entrar e na competência defensiva do Brasil, o desempate teve mesmo que ser nos pênaltis.
Nas cobranças, os dois times erraram muito e quem errou menos, passou. Classificado nas cobranças alternadas, o Vila Nova encara agora o Londrina na final da Série C.
1°Tempo
A partida começou como a ocasião mandava. Em um estádio lotado e vibrante, valendo vaga em decisão de campeonato, a única maneira que Vila Nova x Brasil de Pelotas tinha para começar era a todo vapor e, assim foi, no Serra Dourada. Quem mandava no jogo e ia para cima eram os donos da casa, fazendo enorme pressão no adversário. Aos 10 o Vila já tinha um gol anulado por falta na jogada e dois zagueiros do Brasil amarelados.
Além disso, a torcida já havia pedido duas penalidades. Em uma delas a falta foi marcada fora de área, acertadamente, e na outra Frontini se estranhou com a marcação e caiu, mas nada viu demais a arbitragem. Essa pressão esmagadora do Vila durou até a marca dos 20 minutos, quando o técnico Rogério Zimmerman pediu que sua equipe adiantasse a marcação e, assim, conseguiu equilibrar a partida.
Com o jogo igualada, a situação para o Brasil ficou bastante confortável. O Vila Nova não conseguia mais agredir como fez nos primeiros minutos e o adversário ia mantendo o jogo em banho-maria. A equipe colorada tentava chegar na base da bola área, cruzando pelo alto quase toda vez que se aproximava da área, porém, a alta zaga do Brasil cortava tudo e não dava chance para Frontini aparecer.
2°Tempo
Assim como no início do jogo, o Vila voltou para a etapa final com todo o gás, correndo para cima do adversário e pressionando. Logo na primeira jogada, por pouco não saiu o gol. Matheus Anderson, que havia acabado de entrar no lugar de Francesco, desviou de calcanhar um cruzamento de Marcelo e obrigou Eduardo Martini a fazer grande defesa.
Com o adversário pouco saindo para o jogo, coube realmente ao Vila Nova ditar o ritmo da partida. O time tinha a posse de bola, rodava a área do Brasil mas pouco agredia diretamente o gol de Martini. Após a primeira chegada, antes do primeiro minuto, apenas aos 16 o Tigrão voltou a assustar. Frontini cabeceou no ângulo e o goleiro se esticou para fazer a defesa.
Pouco depois a torcida chegou a soltar o grito de gol da garganta, mas a alegria não durou muito. Matheus Anderson driblou a marcação e ficou livre para finalizar mas preferiu rolar para trás. Róbston pegou, tocou para o meio, Moisés furou e Frontini estava lá para conferir. A bola morreu no fundo do gol, mas ele estava impedido e novamente a arbitragem invalidou um gol colorado.
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Nos minutos finais a partida foi ficando muito tensa. O Vila já não se lançava com tudo ao ataque e o Brasil, que não ia muito à frente, abriu totalmente do jogo ofensivo. O medo de tomar um gol e dar adeus à competição de ambos os times era visível. Assim, não tinha outro destino para desempatar a disputada a não ser as penalidades.
PENALIDADES
Não bastasse as emoções dos 180 minutos com a bola rolando, o torcedor colorado teve que esperar ainda mais uma disputa de pênaltis para comemorar a vaga na decisão da Série C. Nas cobranças regulares, show de erros. Três para cada lado. Frontini, Ramires e Marinho Donizete perderam para o Vila, Washington, Xarô e Galiardo desperdiçaram para o Xavante.
Nas alternadas foi que o Vila se consagrou. Vitor fez, Brock empatou, Bruno Lopes recolocou o Vila em vantagem e Wender colocou a bola no travessão de Edson, para explodir o Serra Dourada em alegria. O Vila Nova decide agora a final contra o Londrina.
FICHA TÉCNICA
VILA NOVA 0 (4) X (3) 0 BRASIL DE PELOTAS
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data:02/11/2015
Horário: 19h
Árbitro: Caio Max Augusto (RN)
Auxiliares: Vinícius Melo (RN) e Luis Carlos Camara (RN)
Público pagante: 35.500
Público presente: 25.045
Renda: 207.500 reais
Cartões amarelos: Gustavo Bastos, Vitor (Vila); Leandro Camilo, Washington (Brasil)
PENALIDADES:
VILA NOVA: Róbston (C), Frontini (E), Ramires (E), Baiano (C), Marinho Donizete (E), Vitor (C) e Bruno Lopes (C).
BRASIL DE PELOTAS: Xarô (E), Gustavo Papa (C), Galiardo (E), Washington (E), Jardel (C), Brock (C) e Wender (E).
VILA NOVA: Edson; Marcelo (Baiano), Vinicius Simon, Gustavo Bastos, Vitor e Marinho Donizete; Francesco (Matheus Anderson), Róbston e Ramires; Moisés (Bruno Lopes) e Frontini.
Técnico: Márcio Fernandes
BRASIL DE PELOTAS: Martini; Wender, Leandro Camilo, Teco e Xarô; Leandro Leite, Washington, Diego Oliveira (Jardel) e Felipe Garcia (Brock); Galiardo e Cleverson (Gustavo Papa).
Técnico: Rogério Zimmerman