Diogo Campos (Arquivo Pessoal)

Jogador do Borneo FC, da Indonésia, o atacante Diogo Campos, revelado pelo Atlético, tem vivido um drama. Sozinho na cidade de Samarinda, na província de Kalimantan Oriental, relatou em entrevista para a Sagres 730, que a saudade da família tem tornado o isolamento por causa do coronavírus ainda mais complicado

“Minha família está toda no Brasil. No momento estou sozinho, mas falo com eles todos os dias, apesar das 11 horas de diferença no horário. Isso é muito difícil pra mim, que sou muito apegado a minha família, ainda mais neste momento difícil, que era pra família estar junto, então queria muito estar com eles”.

Embora sozinha, Diogo fez questão de ressaltar que os dirigentes do clube onde joga, têm dado todo o suporte para jogadores e familiares. “Meu clube está dando todo suporte possível a tudo isso que está acontecendo. O presidente do meu clube é uma pessoa muito correta e preocupada com o bem estar de todos. Ele é muito preocupado com as famílias de todos. Sempre manda mensagens no grupo do clube perguntando como todos estão. Tudo aqui segue em dia e nenhum companheiro foi infectado neste momento”

Assim como em outras partes do mundo, o governo da Indonésia também teve que intervir no dia a dia dos cidadãos. Segundo Diogo Campos, além dos grandes eventos esportivos, shows e a entrada de estrangeiros estão proibidas no país.

“Cancelaram eventos grandes, como shows, jogos de futebol, basquete e futsal, que têm as ligas com mais pessoas em ginásio e estádio. Também passam na TV a todo momento que devemos ficar em casa e evitar lugares com aglomerações de pessoas. Não estão deixando pessoas de outros países entrarem na Indonésia, porque aqui como recebe bastante turistas, a maioria vai pra Bali, então estão evitando deixar entrar, mas os aeroportos continuam funcionando normalmente, porém os voos internacionais só para a saída do país”.

Além do Borneo FC, Diogo Campos jogou em outros dois clubes da Indonésia: Kalteng Putra e Persebaya Surabaya. Com um ano e meio no país asiático, teve que conviver numa cultura completamente diferente para superar dificuldades.

“Minha vida mudou completamente aqui na Indonésia. Já faz um ano e meio que estou aqui. É o terceiro clube que jogo aqui neste curto espaço de tempo e antes de vir pra cá não sabia muito sobre o país, da língua, cultura, que é totalmente diferente das outras que já vivi, mas me adaptei muito bem quanto ao país e o futebol e vou me virando aqui”, declarou Diogo, que pensa em voltar para o Brasil por causa da saudade da família.

“Passa pela minha cabeça voltar ao Brasil, ficar mais perto da minha família, da minha filha. Peço a Deus que tudo isso passe o mais rápido possível e que a gente tire lições, de que não temos controle sobre o amanhã e que viver é recomeçar todos os dias”.

atletico diogo

Confira a entrevista concedida ao repórter André Rodrigues

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