O deputado estadual Simeyzon Silveira concedeu nesta quinta-feira (20) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. O diálogo com os jornalistas Rubens Salomão, Eduardo Horácio e Cléber Ferreira girou em torno das articulações políticas para as eleições de 2018.

No que se refere à preparação da base para as eleições de 2018, o deputado não negou que as relações partidárias na base estão desgastadas. “Eu tive a oportunidade de conversar com o governador e eu disse pra ele que não estava confortável. São várias votações difíceis, pesadas, e nós não temos tido o respaldo mínimo com as nossas bases no atendimento das nossas necessidades, nossas emendas, que vem sido ignoradas. Isso é ruim, isso desgasta a relação”, afirma.

Ainda Segundo o parlamentar, o cenário político em Goiás têm refletido as tensões ocasionadas pela repercussão das delações de ex-executivos da Odebrecht, na qual políticos goianos são acusados de recebimento de propinas. “Delação não é ainda uma conclusão, porém cada citação dessas proporciona um desgaste inevitável. O simples fato de um político ir para uma eleição tendo que se explicar provoca um revés”.

Orçamento Impositivo

Além da PEC dos gastos estaduais, tramita na Assembleia a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que torna impositiva a execução das emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento do Estado de Goiás. O texto é proveniente da matéria de nº 3486/16, de autoria de Henrique Arantes (PTB), e conta com a assinatura de mais 23 deputados.

Simeyzon Silveira – que é relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – defende que a aprovação da proposta aumentaria a autonomia dos municípios. “O governo muitas vezes tem dificuldades de resolver situações pequenas, como por exemplo, a reforma de uma escola. Na minha opinião a PEC promove inclusive a justiça orçamentária por causa da distribuição mais municipalizada. As emendas são ferramentas importantes porque a elas geram benefícios pros municípios”, destaca.

A PEC do Orçamento Impositivo propõe que o Executivo estadual seja obrigado a executar as emendas parlamentares ao Orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida realizada no ano anterior. Se a proposta estivesse valendo para 2017, o governador Marconi Perillo (PSDB) pagaria a cada um dos 41 deputados cerca de R$ 6,2 milhões em emendas. A matéria também prevê que metade do percentual será destinado a ações e serviços públicos de saúde, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 

Confira a entrevista na íntegra:

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