O advogado Walmir de Oliveira da Cunha, que teve a mão esquerda decepada após a explosão de uma bomba, na sexta-feira (15), em Goiânia, divulgou um áudio na internet para agradecer os amigos e comunicar que passa bem.
O artefato que mutilou o profissional, foi deixado na recepção de seu escritório, localizado no Setor Marista, por um moto-taxista no período vespertino. A secretária do advogado, que está grávida, recebeu a encomenda e por pouco não se machucou. A bomba explodiu assim que o advogado abriu a caixa.
Na mensagem, Walmir agradece o apoio de pessoas próximas e garante que não deixará de trabalhar. “Estou muito feliz por ter retirado a bomba de fronte à minha secretária grávida, que felizmente conseguimos salvar. Nesse aspecto estou feliz por a bomba não ter atingido seu objetivo maior, vão ficar algumas sequelas mas nós trabalhar para corrigi-las e readaptar minha vida. Não vou deixar de ser um advogado atuante, não vou me intimidar nem hoje nem jamais.”
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil sessão Goiás (OAB-GO), Erlon Fernando de Oliveira, já foram abertas algumas linhas de investigações sobre o caso. Ele confirma inclusive que há suspeitas do que pode ter provocado o atentado. “Eu já acho que tá num ponto até avançado. Esse é um sofrimento contínuo na vida do advogado, diariamente, anualmente, advogados recebem agressões de toda ordem, ameaças, agressões físicas e alguns chegam a ser executados.”
Ainda de acordo com Erlon Fernando de Oliveira, o atentado atinge toda a classe do Direito. “O advogado é um instrumento da justiça, esse atentato a bomba, ele atinge não só a advocacia brasileira, mas também a magistratura, o Ministério Público e os demais operadores de Direito. É uma afronta à justiça.”