Derrotado nas duas últimas partidas, o Goiás espera retomar o caminho da vitória de forma imediata. Pela próxima rodada do Campeonato Goiano, recebe a Anapolina no estádio Olímpico neste sábado (22), às 16h30. A expectativa é que o time desta partida seja semelhante ao que enfrentará o Sol de América na terça-feira (25), às 21h30, novamente no Olímpico, no jogo de volta da primeira fase da Copa Sul-Americana. É o que confirmou o treinador esmeraldino Ney Franco em coletiva.
“Não vou falar que é o mesmo, mas com certeza é a base. Vamos usar esse jogo para dar uma oportunidade para colocarmos os atletas em atividade que têm condição de jogo para terça. Fizemos os treinamentos durante a semana com o Heron, existe a possibilidade dele jogar amanhã para que possa pegar ritmo de jogo e vermos a atuação dele. Se tudo der certo e não tivermos nenhum problema de lesão, a maioria dos atletas que entrarem no sábado podem iniciar na terça. Se tiver mudanças, serão poucas”, ressaltou.
A respeito do que já tem estabelecido para o jogo deste sábado contra a Anapolina, o treinador reforçou que “a única definição é que vou colocar o Heron para jogar, ainda não defini com quem. É um jogador que quero fazer uma avaliação e, como na terça-feira não temos o Fábio Sanches, existe uma grande possibilidade dele entrar jogando contra o Sol de América”. No caso, Fábio foi expulso no jogo de ida no Paraguai e está suspenso para a partida desta terça-feira. Entre as outras opções, Lucão e Luiz Gustavo disputam um lugar.
Único zagueiro canhoto disponível, a opção pelo jovem Heron, que disputou duas partidas como titular na temporada, contra Anapolina e Goianésia no primeiro turno, talvez indique uma adaptação para em breve ter Rafael Vaz, contratado esta semana e já regularizado no BID. Contudo, Ney ponderou que o defensor “ainda precisa de um tempo para os trabalhos físicos. Para a Copa Sul-Americana, não pode ser utilizado e vamos ver na semana que vem para saber se já existe uma possibilidade de ser convocado contra o Vila Nova”.
Técnico Ney Franco (Foto: Rosiron Rodrigues)
Desde o início da temporada, exatamente um mês atrás, esta foi a primeira semana completa de treinos da comissão técnica do Goiás, que adaptou o planejamento de acordo com a sequência desgastante entre Campeonato Goiano, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. Sobre o desenvolvimento desde a última partida, Ney destacou que “trabalhamos muito os aspectos ofensivos. Nesses dois jogos que temos pela frente, vamos encontrar adversários que vão jogar muito atrás, com a marcação muito baixa. Temos que ter competência para entrar na defesa e também não dar o contra-ataque”.
Pressionado pelos resultados recentes e o desempenho abaixo da expectativa, o comandante técnico esmeraldino frisou que “vejo com normalidade. A preparação para ser um treinador de futebol, para se dar bem na profissão e se manter trabalhando em equipes da Série A do futebol brasileiro, principalmente, além do conhecimento técnico e tático, você tem que saber conviver com isso. Se não suportar esse tipo de pressão e não estiver preparado emocionalmente para isso, a tendência é você desistir da carreira”.
“Já passei por isso diversas vezes, inclusive aqui no Goiás. Me lembro quando no ano passado perdemos um jogo para o Grêmio e contornamos essa situação, na Série B foi a mesma coisa, quando perdemos um jogo para o Boa, a diretoria manteve e subimos para a Série A. A diretoria bancou o trabalho nos dois momentos, como agora também. Sabemos que o torcedor é movido pelo resultado do clube, nós também somos. Me cabe ir para o campo trabalhar, tomar as decisões com os meus pensamentos e jogadores e tentar reverter essa situação para que possamos ter um ano bom”, acrescentou.
Ney Franco afirmou que “para o Goiás, não é interessante mudança de treinador agora, mas é difícil eu ficar falando sobre isso, porque estou legislando em causa própria. O torcedor sempre acha que o time dele é muito melhor que o dos outros e que tem que ganhar sempre, e sabemos que a realidade não é essa. Eu vivo dentro dessa realidade e, logicamente, acostumado a ganhar, perder, ser contratado, descontratado, isso faz parte do meu histórico como profissional. O que me cabe é não deixar toda essa manifestação externa influenciar nas minhas decisões no campo, e com certeza não influencia”.