Protegido, blindado, requisitado, Neymar. O principal jogador da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, símbolo da esperança brasileira em uma boa competição, estava sem dar declarações desde quando foi negociado com o Barcelona, mas falou nesta quinta-feira, o último dos 23 convocados a conceder entrevista coletiva durante a preparação para a competição que se inicia no sábado, às 16h, contra o Japão, no Estádio Nacional, em Brasília.

Apesar de ter sido regular contra a Inglaterra, no Maracanã, Neymar não foi bem avaliado na partida contra a França, no último domingo, quando o Brasil venceu por 3 a 0 e o craque saiu de campo vaiado. Desde que pegou a camisa 10 da Seleção, a pressão parece ter crescido para cima do jogador. Aliás, ele comentou sobre essa escolha e falou sobre a responsabilidade de usar um “número de peso”.

“A 10 é um número que no Brasil sempre foi bem representado, se torna algo importante. Independente do número, a camisa da seleção brasileira será bem representada. Eu já vi vários 10 de destaque como Robinho, Kaká, a 10 é um número simbólico, assim como a 11 que já foi do Romário, a 9 que já foi do Ronaldo. O número não importa, o que importa é usar a camisa da Seleção”

Neymar treinamento mowaQuestionado a maior parte do tempo por suas últimas atuações e pela responsabilidade à frente da Seleção, Neymar não ficou acuado e se mostrou, até certo ponto, impaciente em algumas colocações. Um exemplo foi quando se comparou o Neymar do Santos, seu ex-clube, com o Neymar da Seleção. O jogador revelou que não será o mesmo porque o entrosamento é um diferencial, mas promete total empenho com a amarelinha.

Todo jogador tem sua função aqui e nós temos nosso treinador, que pede que a gente faça algumas funções e isso que temos que fazer. Não tem como ser o que eu fui no Santos aqui na Seleção Brasileira. Eu tô tentando jogar o meu normal, o que eu sempre joguei, não mudei e nunca vou mudar, se eu cheguei à Seleção, é porque o que eu fiz no Santos foi aprovado, então porque mudar? Acho que o entrosamento é diferente, no Santos já me conheciam, qualquer movimento que eu fazia, eles já sabiam o que ia acontecer e tinham um posicionamento. Primeiro a gente tá tentando encaixar um time, depois as coisas vão se desenvolver naturalmente”

Neymar atravessa um longo jejum sem marcar gols, já são 842 minutos, nove jogos sem balançar as redes adversárias, sendo que o último foi contra o Chile, no empate por 2 a 2 no Mineirão, no fim de abril. O atacante garante que isso não representa nada nesse momento, que quer fazer o seu papel e está focado. Mesmo com toda a badalação, as “Neymarzetes” e a mídia, a Joia garante que não dá moral para a grande exposição.

Neymar amistosoFranca mowaNão me cansa, não me atrapalha. acho que é normal, sempre acontece isso com alguns jogadores, mas quanto a mim, eu não ligo muito para isso tudo. Nada me tira do foco que eu tenho, que é vencer a Copa das Confederações, é isso que eu vou em busca, de fazer o melhor pela Seleção Brasileira”

Lesão

Nos últimos dias, principalmente após a vitória contra a França, levantou-se a hipótese de que Neymar estaria lesionado, com dores no joelho, e por isso estaria com movimentos limitados e jogando na superação. O camisa 10 da Amarelinha afastou qualquer possibilidade desse boato ser verídico, diz que treina todos os dias normalmente, e que como qualquer jogador, sente algumas dores.

Eu participei de todos os treinos, não faltei nenhuma atividade. Nenhum jogador joga 100%, sempre tem alguma dor aqui ou dor ali. Pelo que estão falando e falaram, que eu tinha uma dor no joelho, enfim, não tem nada a ver, eu estou totalmente a disposição, pronto para jogar”