Jorginho e Matheus (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

Certamente eles não cantam tão bem como os xarás da música sertaneja, mas tanto o Jorge quanto o Matheus, jogadores do Atlético, estão enchendo os olhos da torcida quando o assunto é futebol. Se para cantar é preciso sintonia, dentro das quatro linhas não é diferente.

Diante do CRAC no último sábado (9), vitória atleticana por 3 a 1, os dois jogaram juntos pela primeira vez e o técnico Wagner Lopes atendeu um pedido que a torcida rubro-negra fazia há algum tempo.

“Eu respeito todas as opiniões (…) São dois grandíssimos jogadores que podem jogar em qualquer clube do Brasil, têm muita qualidade. A meritocracia é conquistada com os jogos e o Matheus vem conquistando o espaço dele, como o Jorginho que tem seis anos de clube, conquistou o lugar dele. Então é você entrar e dar resultado, é jogar bem, entrar nos momentos mais difíceis e resolver. Tanto com o Matheus quanto com o Jorginho, isso está acontecendo, então vejo que os dois podem jogar juntos sim. Os dois são jogadores muito importantes que vem dando liga”, explicou o treinador.

Matheus jogou todos os 90 minutos e, além de acertar a bola no travessão no primeiro tempo, marcou o terceiro gol do Dragão após passe de Gilsinho. Um dos principais nomes do elenco, Jorginho ainda procura o ápice da sua forma física após temporada na Arábia Saudita e foi substituído no decorrer da segunda etapa.

Comentarista da Sagres 730, José Carlos Lopes esteve no Estádio Antônio Accioly e acompanhou de perto o primeiro jogo da dupla ‘Jorge e Matheus’. Ele concordou com Wagner Lopes e também acredita que os dois podem ser escalados juntos na mesma formação.

“Jorginho e Matheus fizeram uma grande partida e os dois se completaram. O Matheus teve muita mobilidade pelos lados e o Jorginho conduzindo mais o jogo pelo meio. O Matheus acertou bola na trave, fez gol e teve ampla participação nessa vitória do Atlético por 3 a 1. O Jorginho foi o jogador da criação, finalizou pouco, mas os dois em momento algum entraram em ‘rota de colisão’. Portanto, para mim, os dois podem estar no mesmo time, na mesma equipe”, analisou José Carlos Lopes.

Bastante conhecido da torcida rubro-negra, Jorginho chegou ao Atlético em 2013 vindo do rival Vila Nova. Ele foi um dos grandes protagonistas do título da Série B conquistado pelo clube em 2016 e tem grande apreço junto aos atleticanos.

Matheus, revelado pelo Corinthians, teve destaque em suas passagens pelo Audax em 2014 e 2017. Chegou ao Atlético nesta temporada sem muito “alvoroço” vindo do Juárez, do México. No entanto, em poucos jogos já conquistou o carinho da torcida rubro-negra.

“Temos que manter os pés no chão, mas é gratificante ter essa retribuição da torcida. Dentro de campo sempre buscamos dar o melhor e graças a Deus as coisas vem acontecendo. Fico feliz com esse apoio, esse carinho e espero poder retribuir da melhor maneira possível”, disse.

O meia revelou também que não vê problema em jogar ao lado de atletas com características parecidas com a sua. “Como jogador técnico, gosto de jogar com atletas técnicos. Ali do meio para frente são todos jogadores que gostam de jogar com a bola no chão, como é o meu caso, do Jorginho, do Mike, do Madson. Eu particularmente gosto mais do talento, desse jogo curto de aproximação e ao lado de jogadores inteligentes”.

Quem também comemorou a fase dos dois atletas foi o presidente Adson Batista. Em entrevista à Sagres 730, ele explicou que é importante ter atletas brigando por posição na equipe.

“São dois ótimos jogadores, mas o Matheus melhorou quando ele passou para o meio-campo que é uma região que ele conhecer melhor. É importante você ter bons jogadores porque isso gera competitividade, é o que importa”, explicou o dirigente.