No início do Campeonato Goiano e na preparação para a Série C do Brasileiro, a diretoria de futebol colorada, na época liderada por Hugo Jorge Bravo, se esforçou para contratar o camisa 1 Luis Henrique que defendia o Macaé. Na manhã deste domingo, o torcedor goiano que não o conhecia, saiu do Serra Dourada bastante triste com a inspiração e a destreza do goleiro carioca que evitou pelo menos quatro incríveis oportunidades do ataque vilanovense. Ele foi o principal responsável pelo resultado ruim em Goiânia. Após a derrota por 1 a 0, o Tigre sai do G4 com 14 pontos. O próximo compromisso será contra o Barueri, domingo, as 16h, na Arena Barueri.

Este espaço é para troca de ideia. Teremos posicionamentos diversos. Eu estou impressionado com a impaciência do torcedor do Vila Nova. Desde o princípio do jogo, o nervosismo e a ansiedade transbordavam das arquibancadas do estádio Serra Dourada e contaminaram alguns atletas entre eles o lateral direito Gian que no treinamento é participativo, vai a linha de fundo e realiza bons cruzamentos. Hoje, os passes só saiam dos pés do jogador na faixa da intermediária – todos sem destino eficiente. Pressionar e agitar o ambiente neste momento só servirá de âncora para o Vila Nova neste segundo turno.

Depois da derrota diante do Macaé, eu conversei com alguns colegas da imprensa e vi comentários de torcedores no Portal 730 e no grupo do Facebook. O maior alvo era o técnico Hermógenes Neto que há duas rodadas era a melhor solução. Após as duas derrotas, não serve para ajudar o Delson nos serviços gerais. Espero que seja uma reação da torcida e que os dirigentes colorados não caiam neste lugar comum de demissões e mais demissões.

Hermógenes Neto é um grande profissional. Estuda, preocupa e corre atrás de todos os detalhes dentro do clube. Ele é mais um técnico jovem que está recebendo oportunidade na Série C do Brasileiro e se esquivando de nomes ultrapassados e figurinhas extremamente batidas do nosso futebol. A diretoria precisa cobrar a reação, fazer o trabalho dela nos bastidores, porém, que não caiam no erro de transferir a própria responsabilidade. Caso contrário, pra quê cobrar planejamentos a médio e longo prazo, se 180 minutos bastam para desviar o trajeto?

Neto fez as alterações esperadas por todos diante da trajetória do jogo. Felipe Brisola, Gustavo e Leonardo Jesus entraram nas vagas de Gian, Thiago Marin e Allan, respectivamente. Talvez, se tivesse mantido o esquema 4-5-1, poderia ter consolidado o posicionamento da equipe. Mas o “se” é muito cômodo ser usado por qualquer um.

Um amigo fez o questionamento “Mas que jogo ele conseguiu melhorar o time com uma alteração?” Respondi de imediato – Desconsiderando a falta de opção em alguns setores, principalmente no ataque, ele fez as alterações esperadas. Pena que nos últimos dois jogos, quem entrou não conseguiu produzir e mudar a cara da partida. A culpa é só dele? Transferir a responsabilidade exclusivamente pra ele, é o mesmo que atribuir a ele a responsabilidade total pelas vitórias.

DESABAFO

O Marcelo Pitol começou o desabafo na saída para o intervalo do jogo. Desceu para o vestiário com a frase “a imprensa está minando nosso time”. Tentei conversar com ele no retorno e ele seguia bastante irritado. No vestiário, após o jogo, ele falou durante 4 minutos, exclusivamente para as televisões e manteve o discurso. Antes de poder posicionar e falar sobre a entrevista, eu gostaria que eles dissessem quem foi que fez o comentário que não gostaram e fosse direto a emissora que houve o fato. Não disparar em todos os veículos e causar uma repercussão desnecessária, até porque muitos comentaristas sentam em cima de “achismo” para ganhar destaque. Mal se preocupam em ir aos treinamentos ou ligar ao repórteres para se informar melhor.

CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista no PORTAL 730.

Até conversei com Pitol na chegada a Goiânia ainda no aeroporto. Fui ouví-lo sobre os dois lances do jogo contra o Guarani. O primeiro tive a impressão que ele demorou a sair para o abafa. No entanto, reconheço que o desvio no meio do caminho e a velocidade de Henan foram determinantes. O atacante bugrino estava mais atento ao lance. No segundo, embora esteja na risca da pequena área, o fato de três defensores pode ter inibido o camisa 1 do Vila Nova. No jogo de hoje, ele não teve trabalho. O ataque do Macaé quase não chutou dentro do gol e no lance que definiu o placar, impossível dele sair e a finalização foi no contrapé do goleiro.

RESOLVIDO

Os médicos do Vila Nova – Dr Pablo Villa e Dr Rodolfo Cambota – conversaram com o presidente Joas Abrantes e acertaram as pendências existentes. Os dois profissionais seguem trabalhando no clube. Os dois profissionais não apareceram no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga e desta forma o volante Osmar não realizou o exame médico ainda na sexta-feira.

Fico feliz com a postura da diretoria em solucionar esta situação e manter, no dia a dia, dois bons profissionais que muito tem feito ao clube, sem as mínimas condições de estrutura oferecidas pelo próprio clube. Além de tudo, são dois apaixonados pelo Vila Nova.