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Longe dos holofotes, sem dinheiro ou glamour, milhões de crianças, jovens e até adultos tentam vencer todos os dias, por meio do futebol, no país que respira o esporte. “Não é fácil”, lembra o coordenador de esportes da Rádio 730, Charlie Pereira, que acompanha o dia a dia das principais competições no Estado, tanto no profissional, quanto no amador. E mesmo quem tem obtido sucesso com a bola nos pés admite que já quis desistir, como o garoto Gabriel Moura, de 17 anos, goiano, que hoje brilha nas categorias de base do Internacional-RS e foi Campeão Brasileiro Sub-17.

“No futebol, muitas vezes você tem decepções. Você treina bem a semana inteira e depois não vai pra um jogo”, lista o jovem, que também já passou por Goiás e Cruzeiro. “Mas, por mais que eu queira desistir, tem algo dentro de mim que diz pra continuar e isso me motiva sempre”, completa o atleta, convidado do programa Clube da Felicidade desta quinta-feira (27), apresentado por Kadmous Alassal, na Rádio 730.

Ouça o programa na íntegra: {mp3}stories/audio/2012/dezembro/Na_íntegra{/mp3}

No entanto, o sucesso obtido por ele não é para todos e muitos sonhos ficam pelo caminho. “Todo o pai acha que o filho é um Neymar, mas 90% dos jogadores profissionais no Brasil recebem até três salários mínimos. São poucos os que se destacam”, lembra Charlie Pereira, destacando que a fama e o glamour fazem parte da vida de uma pequena fatia dos que tem o futebol como profissão.

De olho nos talentos

Descobrir e tentar “encaminhar” talentos é a profissão do olheiro Walter Rocha, que diz estar no mundo do futebol há 50 anos. Para isso, ele viaja o Brasil todo e já conseguiu emplacar atletas em grandes times.

“Olho o menino na rua e vejo que potencial. Fico observando. Eu sou olheiro de todos os times do futebol brasileiro. Observo o jogador e procuro os pais para ver se eles tem interesse em fazer ele vencer no futebol”, descreve Walter, também convidado do programa, indicando que, além de talento, o futuro jogador precisa de sorte, para ser descoberto.