Nesta quinta-feira (7) o, agora ex, primeiro ministro britânico Boris Johnson renunciou ao cargo após uma escalada de crises. Do negacionismo diante da Covid à descoberta de que sabia e nada fez em um caso assédio sexual, o ex-premiê anuncia a saída do cargo impopular e constrangido por aliados.

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Com a saída de Johnson o favorito para sucedê-lo no cargo de primeiro-ministro do Reino Unido é Ben Wallace, secretário de Defesa. O professor e mestre em geopolítica Norberto Salomão fez um analise do cenário.

“No parlamentarismo, diferente do presidencialismo, se o primeiro ministro não tiver a aprovação, a confiança do parlamento, ele pode ser retirado do cargo. Era o que vinha acontecendo com Johnson, muitos eram os desgastes e os pedidos para que ele deixasse o cargo. Acredito que agora ele deva ficar no cargo momentaneamente até a escolha do novo primeiro ministro pelo parlamento”, explicou o especialista.

Novas eleições

Segundo Norberto Salomão, o fato do ex-premiê ter renunciado pode ter dado mais tempo para que o parlamento articule a eleição do próximo primeiro ministro.

“A oposição já havia dito que não aceitaria que ele ficasse nem mais um dia no cargo. Mas, a renúncia pode ter apaziguado um pouco essa situação. Se não houver a maioria clara pode inclusive haver a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições” avaliou o professor.

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