Com 27 anos de Polícia Militar e experiência no Batalhão de Choque, Batalhão Rodoviário, Cavalaria, além de trabalhos no interior, o nome do Tenente Coronel Márcio Queiroz foi indicado para assumir o Comando do Policiamento na Capital, após o Coronel Sérgio Katayama ser afastado meio de uma medida judicial, em consequência da citação na Operação Monte Carlo, deflagrada semana passada em cinco estados brasileiros.

Em entrevista à Rádio 730, o novo comandante diz que assumiu o cargo interinamente. Segundo ele, cada um possui um possui um perfil e prioridades, mas ressalta que dará continuidade nos programas que estavam sendo desenvolvidos em parceria com a tropa e segmentos organizados. “Vamos dar toque pessoal, a tônica principal é evitar que o crime ocorra. Conheço praticamente todas as unidades da Capital, todos os comandantes, o perfil de cada um”, assegura.

O Coronel admite que a demanda é grande e o corporativo não é suficiente, porém, o trabalho é feito de forma estratégica. Márcio diz que a polícia tem como parceira, a tecnologia, ele cita monitoramento de câmeras feito em alguns pontos da cidade, como Avenida Bernardo Sayão, em Campinas, e Setor Central, além dos sistemas de segurança instalados por empresas privadas.

Questionado sobre a segurança do goianiense, o comandante relata que os índices de violência em Goiânia estão abaixo da média se comparados com outras capitais com o mesmo padrão da Capital. Segundo ele, um cidadão que foi assaltado, ou sofreu qualquer tipo de violência não será convencido do grau de segurança.

Em relação ao número de roubos e furtos de carros, Márcio Queiroz destaca como preocupantes. O mesmo explica que esse tipo de ato fomenta outras modalidades criminosas, como desmanche e tráfico de drogas. O comandante alega que a polícia possui dados estatísticos dos locais onde mais ocorre esse tipo de crime, mas é preciso levar em consideração a frota flutuante que coloca todos os dias cerca de 200 mil novos veículos a mais nas ruas da Capital, e alerta. “O cidadão deve ter um papel proativo, ele deve dificultar o papel do criminoso, não ser vítima fácil”, explica.

Queiroz afirma que o trabalho será desenvolvido de forma preventiva. “Ao longo da nossa carreira percebemos que a solução é evitar que o crime ocorra, essa é uma meta que vamos trabalhar com o nosso efetivo”. Para ele, a população tem papel fundamental nesse tipo de trabalho de combate contra a criminalidade. “Ela é peça fundamental, cada cidadão, segmento organizado, para nós, ele faz parte dessa atribuição. Essa interação pode ajudar a proporcionar um maior grau de segurança para a população.”, diz o PM.