Neste ano, pela primeira vez, os números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) produzidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) são divulgados em conjunto com um novo indicador, batizado de Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado às Pressões Planetárias (IDHP), criado com o objetivo de medir a pressão que o desenvolvimento dos países exerce sobre o meio ambiente.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #163 desta terça-feira (15), o economista Luiz Carlos Ongaratto explica o que esse novo índice significa em relação ao que a humanidade deve pretender quando o assunto é desenvolvimento.

“Significa que a ONU está dando um sinal de que o mesmo nível de importância que a gente tem de ter para o desenvolvimento econômico, a gente tem de ter sim um desenvolvimento econômico sustentável, e isso vai ser a próxima onda desse século, que vem aí para 2021, que inclusive já começa com os projetos ambiciosos de mudança da matriz energética que vai envolver todo o impacto de como a gente produz no mundo todo”, esclarece.

Mesmo apresentando melhora anual no IDH, o Brasil caiu cinco posições e ocupa agora a 84ª posição no ranking global, que compara a situação de 189 países. O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta terça (15), traz uma análise inédita, colocando em debate a pressão do homem sobre os recursos naturais do planeta para promover avanços. Antes, as dimensões básicas consideradas se limitavam à renda, educação e saúde.

No novo índice ambiental, o Brasil melhorou 10 posições globais. Já países que exploram mais seus recursos naturais, apesar de se destacarem no IDH geral, caíram. É o caso da China, que regrediu 16 colocações.

Confira a entrevista na íntegra a seguir no STM #163