Na manhã desta quinta-feira (13), o primeiro entrevistado da segunda rodada de entrevistas da Sabatina 730 foi o candidato do PSTU, Rubens Donizetti. O candidato definiu o sentimento do eleitor neste pleito como uma descrença geral. “Nós entendemos que o povo tem toda razão de estar dessa maneira porque os fatos que acontecem a cada dia, um escândalo atrás do outro. Não tem como acreditar nesse sistema. Nós entendemos que o fim será um só, morte do capitalismo. É um escândalo atrás do outro e vira uma coisa rotineira que vai caindo no esquecimento isso gera a descrença”, justificou.
“Nós somos um partido que tem atuação internacional e nós entendemos que a luta da classe trabalhadora tem que ser feita em âmbito mundial. Essa falta de horizonte leva isso. A nossa avaliação no PSTU é que a grande imprensa tem grande responsabilidade por isso. Aqueles que têm posicionamento diferente do sistema raramente são convidados para participar do debate. Se não são aqueles que comungam a mesma ideia de fazer uma adaptação dentro do capitalismo, esses ainda participam. Isso ai é o que faz o povo recuar nas suas dúvidas. O sistema é assim, o que dá com a mão esquerda tira em dobro”, explicou o candidato.
Ouça toda a entrevista: {mp3}stories/audio/2012/setembro/rubens_donizete_site{/mp3}
O candidato foi questionado porque as intenções de voto dele são ainda muito pequenas. “Isso não nos surpreende pela descrença que as pessoas têm com os políticos e sempre eles nos questionam. Muitos usam o discurso de defender a classe trabalhadora, chega ao poder e se alinha com os poderosos. Essa grande diferença, nós entendemos e é isso que nós chamamos para reflexão. É ver quem é que financia esses candidatos que tem discurso de atender a classe trabalhadora, mas são financiados por aqueles que exploram a classe trabalhadora que são os grandes empresários, bancos e latifundiários”, explicou.
O PSTU tem o slogan “Contra burguês vote 16”. Um dos mediadores da Sabatina 730 perguntou a Rubens Donizetti se dos demais candidatos à prefeitura de Goiânia há algum que na opinião dele é mais burguês que o outro. “Nós devemos analisar o partido e as forças que ele representa. Esses candidatos que estão ai também eles servem a burguesia. Olha eu posso excluir aqui o camarada, professor Pantaleão. Mas o PSTU nessas condições não apoiaria o PSOL. Isaura Lemos representa grupos econômicos, o dinheiro de campanha dela é dinheiro de empresa”, ressaltou.
“Nós vamos municipalizar a saúde, a atuação voltada para os pobres. A preocupação nossa é Goiânia para os trabalhadores e atendimento para os pobres. Aqui é municipalizada em termos, o povo pobre e a classe trabalhadora não tem atendimento médico. UTI na rede pública, nós vamos utilizar da rede privada, sem custo nenhum para os trabalhadores e para o povo pobre. Vamos recorrer o sistema legal e utilizá-lo para atender a classe trabalhadora. A prefeitura tem que assumir isso”, declarou Rubens Donizetti.
O candidato declarou ainda que nenhum filho de pobre vai ficar sem vaga nas escolas. “O filho do rico já tem escola em tempo integral, como que ele faz isso através dos cursos particulares, aula de inglês, natação, prática de esporte e filho de pobre não tem isso. Os nossos impostos vão pagar a conta. A prefeitura gasta mal hoje. Um exemplo simples, a questão do contrato com os músicos que a prefeitura contratava com o custo médio de oito mil reais e chegava até eles em torno de 500 a mil reais. O resto era desviado. O processo de corrupção começa com processos de licitação e financiamento de campanha”, salientou.
“Muitos candidatos da direita usam as nossas propostas com o nome diferente. A questão da subprefeitura nós falamos dos conselhos populares é um nome diferenciado, mas no sistema deles não funciona. Outra questão da guarda municipal eles falam dos anjos do bairro. Eles enganam, usam o nosso discurso. O PSTU não defende miséria, nós queremos é distribuir a riqueza. O mundo é rico e o país não fica atrás. Queremos acabar com os cambalachos e as maracutaias”, exemplificou.