O deputado federal Delegado Waldir (Foto: Rubens Salomão/Sagres On)

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O deputado federal Delegado Waldir, líder da bancada do PSL na Câmara Federal, afirmou nesta quarta-feira (17) em entrevista à Sagres 730 que os deputados estaduais Humberto Teófilo e Paulo Trabalho, ambos do PSL, decidiram por conta própria apoiar o governo de Ronaldo Caiado na Assembleia Legislativa e que esta não é a posição do partido.

“Entendo que o governador tem uma outra visão nesse momento que é de enfraquecer o PSL por conta da eleição para prefeito. Mas nós fomos fiéis a ele na eleição passada”, disse. Segundo o delegado, lideranças do PSL nos municípios estão sendo “humilhadas” pelo governo.

“O PSL não vai aceitar ser humilhado. Não sou presidente (do diretório regional em Goiás) apenas dos dois parlamentares”. O deputado não diminuiu o tom de suas críticas: “O governador não era Bolsonaro no primeiro turno, todo mundo sabe disso. Quero que ele faça justiça, agora se não quiser, tudo bem. Dor de barriga dá uma vez só. As pessoas que eu comando saberão disso. O governador quer os dois deputados, mas não quer o restante do PSL” desabafou.

Reforma da previdência

No dia previsto para votação do projeto da reforma da previdência na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), o Delegado Waldir que o governo do presidente Jair Bolsonaro continua sem base na Câmara dos Deputados para votar qualquer projeto. A CCJ deve votar hoje a admissibilidade da reforma, depois de intervenção do presidente Rodrigo Maia (DEM).

Para o delegado, é possível que a votação ocorra hoje, porque tem “o dedo” de Maia, a quem chama de primeiro-ministro e explica por que: “Maia tem 320 votos na Câmara”, disse diferentemente do governo, que segundo o deputado não tem maioria na Casa. “Eu não me lembro de um governo que tenha governado sem o Parlamento. Alguma coisa está errada”, disse o delegado.

O líder do PSL voltou a dizer que o governo tem apenas 52 votos garantidos na Câmara, que são os membros da bancada de seu partido, o PSL. “Eu não tenho como tirar voto da cartola, não tenho varinha mágica”, disse, cobrando dos ministros responsáveis pela articulação política a formação dessa base.

O parlamentar goiano afirma que o presidente não teve experiência em fazer articulação política nos 27 anos em que foi deputado federal e que ainda optou por governar com bancadas temáticas. Assim, ele não se aproximou nem se articulou com as bancadas partidárias na Câmara. “Os deputados querem ter o protagonismo de participar do governo de Bolsonaro”, disse, para explicar o que estaria dificultando a formação de base aliada do governo.