O Sintego tem 25 anos de história. Foi forjado na luta iniciada na década de 60 com os professores primários. Na década de 70, transformou-se no aguerrido Centro dos Professores de Goiás, que deflagrou a primeira greve no Estado repreendida por cães, policiais e bombas, em 1979. Na década de 80, o CPG conseguiu mobilizar os professores e conquistou o Estatuto do Magistério do Município de Goiânia, com eleição direta para diretor, e o Estatuto do Magistério Estadual, garantindo piso salarial de quinze salários mínimos para os professores, e o Estatuto dos Servidores Administrativos da rede estadual. Logo após a promulgação da Constituição Federal, os profissionais da Educação, que até então se organizavam em associações, unificaram-se e criaram, em 27 de novembro de 1988, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO).

São 25 anos de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores em Educação, construídos com trabalho, suor e lágrimas de homens e mulheres que acreditaram e acreditam na profissão e lutam pela valorização da carreira de professor. Responsabilidade na condução da luta. Respeito à comunidade escolar e à sociedade. Comprometimento com a Educação pública de qualidade para todos.

O Sintego hoje está presente em todo o Estado, com as Regionais Sindicais localizadas em 36 cidades, e representa trabalhadores em Educação de praticamente todos os municípios goianos. Por meio da assessoria jurídica do sindicato, os professores e funcionários das escolas municipais conquistaram Planos de Carreira e Estatutos próprios e ainda por intermédio do Sintego, cada dia mais prefeituras do interior passam a cumprir a Lei do Piso para os professores das redes municipais.

A história construída pelo Sintego e a seriedade na condução da luta em prol dos trabalhadores da Educação pública goiana não dão margem para divagações acerca de aventuras sindicais. Muito menos de partidarismo em detrimento da categoria. Fazemos sindicalismo comprometido com os anseios e as necessidades dos nossos filiados. Temos pautas de reivindicações e é em cima delas que trabalhamos, independente da cor partidária do gestor.

Foi assim em Anápolis (PT), em Trindade (PSDB), Niquelândia (PMDB), na Cidade de Goiás (PT), Novo Planalto (PMDB), Luziânia (PSD) e em dezenas de outras cidades onde a atuação sindical se faz necessária para a defesa e a valorização dos trabalhadores em Educação. E desta forma está sendo em Goiânia (PT). Prova disso é que, somente nos últimos cinco anos, o Sintego ajuizou mais de 50 ações judiciais contra a prefeitura para defender direitos dos nossos filiados, média de dez ações anuais.

Com relação a greves, o Sintego sempre defendeu o movimento como direito inalienável do trabalhador, entretanto, a paralisação de Goiânia, por respeito à categoria, à comunidade escolar, à sociedade e aos 25 anos de história, o Sintego não apoia por entender que há um canal de negociação em aberto e em andamento com a Prefeitura de Goiânia, a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Finanças em que estão sendo discutidas as reivindicações dos trabalhadores, como o reajuste da gratificação de direção (FGD); gratificação para profissionais de apoio técnico-pedagógico; ajustes no Plano de Carreira dos Administrativos, estudo para a adequação do Plano de Carreira e no Estatuto dos professores; universalização do auxílio deslocamento, sem perdas para o trabalhador; concurso público, convocação dos aprovados na última seleção, etc.

Não apoia ainda porque o movimento é baseado numa série de inverdades inventadas com o intuito de espalhar o terror na categoria, este sim, um movimento politiqueiro, organizado por quem não tem legitimidade para negociar em nome da categoria.

O Sintego tem legitimidade. Tem história. Tem responsabilidade e tem respeito com os trabalhadores em Educação de Goiás.

 

Direção do Sintego

Goiânia, 30 de Setembro de 2013.