Deputados estaduais da base e da oposição ao governador Ronaldo Caiado (DEM) ensaiaram ontem embates eleitorais no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O tom mais exaltado foi do deputado Sérgio Bravo (PROS), suplente que assumiu depois da cassação de Vinício Cirqueira (PROS). O parlamentar citou, entre outras críticas, a falta de cumprimento de obras prometidas no município de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. E o deputado cobrou a presença de governistas no debate.
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“Cadê o pessoal da base para defender? Cadê o pessoal que não está defendendo aqui o governador? Quero ver quando o governador perder a eleição de 2022 o que vai dizer o líder do governo, que gosta de fazer teatro. Eu quero que você seja líder de governo em Senador Canedo, na GO-010, onde não fizeram nada. Ali foi estelionato político, desceram até de helicóptero lá na época da eleição”, acusou Bravo.
A resposta direta foi dada, também na tribuna, pelo deputado Wilde Cambão (PSD). “O Sérgio está desesperado, porque o governo está fazendo muito. Fazer obra em rodovia estadual é muito difícil e lá tem a faixa de domínio. Quem está na faixa de domínio entra com ação impedindo a obra. Isso é normal, meu amigo. Você tem que conhecer um pouquinho de obra. Como executa e qual é o processo. A obra vai ser realizada, mas você vai para a tribuna sem ter conhecimento”, discursou.
Comparação
Já o líder do governo, Bruno Peixoto (MDB), lembrou da relação próxima de deputados da oposição com a gestão passada, do PSDB. “A oposição tenta defender 20 anos de governo, com dois anos e 11 meses do governo de Ronaldo Caiado. Nós assumimos com obras inacabadas, que agora estão em funcionamento. Estão vendo a diferença?”
Sanção ou veto
Segue para análise do governador Ronaldo Caiado projeto aprovado pela Alego que prevê transparência sobre obras paradas no estado. O texto prevê a prestação de esclarecimento, com os motivos da paralisação e nova data para retomada das obras.
Recursos
O autor da matéria, deputado Paulo Cezar Martins (MDB), agradeceu o apoio dos colegas para a aprovação do texto e citou caso da estrada que liga Aporé a Serranópolis, que precisa de recuperação de trechos e sinalização.
Sem plano
“Sem responsabilidade, o Governo não está tendo um planejamento que precisa ter. Esse projeto faz papel importante para fortalecer a gestão e para que a população veja o retorno dos impostos que são pagos”, defendeu PC Martins.
Energia
A italiana Enel manteve em 5 bilhões de euros (R$ 31 bilhões, pela cotação atual) sua previsão de investimentos no Brasil pelos próximos três anos. Para a companhia, o pior da crise hídrica do país já passou e a solução para evitar novos problemas é a expansão das fontes solar e eólica.
Planejamento
Em seu plano estratégico de longo prazo anunciado, a Enel antecipou em dez anos, para 2040, a meta de zerar as emissões líquidas de carbono e anunciou a saída dos segmentos de carvão até 2027 e de gás natural até 2040. A meta da companhia é triplicar a capacidade de geração de energias renováveis até 2030, atingindo 154 GW, quase o equivalente à capacidade de geração atual no Brasil, de 172 GW, número que inclui todas as fontes energéticas.
Total
A previsão de investimentos no Brasil é equivalente à anunciada no plano anterior e tem foco em energias renováveis, área prioritária no novo plano de investimentos da companhia, que prevê 45 bilhões de euros (R$ 282 bilhões) até 2024 em todo o mundo.
Debate
O deputado federal e pré-candidato bolsonarista a governador de Goiás, Vitor Hugo (PSL/GO), realiza com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, audiência pública em Goiás na próxima segunda-feira (29). Os dois vão debater o “Novo Marco Legal das Ferrovias”. O evento será em Anápolis, no ginásio da UniEvangélica, às 10h.
