A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde , Flúvia Amorim, disse à Sagres 730 nesta segunda-feira (1°) que na última semana houve um aumento significativo na taxa de ocupação dos leitos no Estado. Segundo Amorim, por muito tempo essa taxa de ocupação ficou entre 30% e 50%, agora ela aponta que 70% dos leitos de UTI específicos para o tratamento de covid-19 subiu para 70%.

Na última semana, Goiás registrou um crescimento de 41,3% nas internações e um aumento de 42% do número de casos. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, esses números estão interligados e geralmente acontece da seguinte forma, “primeiro aumenta o número de casos, depois aumento de internações, e em terceiro aumenta do número de óbitos”.

Flúvia ressaltou que a grande preocupação em relação à pandemia está na disposição de leitos para pacientes em situação de emergência. “Claro que o grande número de casos assusta, porém o que mais nos preocupa é, que nós tenhamos leitos suficientes para que precisa”, disse. “Um dos grandes fatores que faz com que o número de óbitos aumente é justamente a falta de assistência. Desde o começo, estamos trabalhando com isolamento, justamente para manter o número de casos num patamar que consigamos atender a demanda”, completou.

Goiás registrou um aumento na velocidade de confirmações e mortes por coronavírus. Foram 39 dias para passar de 50 infectados para 1 mil; 14 dias para passar de 1 mil para 2 mil; e 8 dias para passar de 2 mil para 3 mil casos confirmados de Covid-19. Já em relação aos óbitos, foram 17 dias para dobrar de 61 mortes para 122. Do primeiro caso confirmado de morte para o 61º foram 48 dias.

A superintendente de Vigilância em Saúde ressaltou que o isolamento social continua sendo a ferramenta mais importante para o combate à disseminação do novo coronavírus. “Precisamos, neste momento, usar ferramentas para tentar diminuir aceleração e a ferramenta que a gente sabe é o isolamento social”, disse.