“Ele é um gangster. É um bandido,” assim o secretário de Comunicação do Planalto, Olavo Noleto, adjetivou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em entrevista à Rádio 730, na manhã desta sexta-feira (15), o petista afirmou que Cunha comprou a eleição dele para presidente da Câmara. “A eleição na Câmara foi comprada por um gangster. Eu falo com todas as letras que nós não jogamos o jogo que estes canalhas e bandidos jogam. Nós temos muitos defeitos, mas sair comprando a alma dos caras nós não fazemos,” dispara.

Ouça a entrevista completa de Olavo Noleto: {mp3}Podcasts/2016/abril/15/OLAVO_NOLETO_15_04{/mp3}

 

Em relação a votação do Impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara, no próximo domingo (17), Olavo diz que o governo trabalha intensamente para evitar que o processo siga para o Senado Federal. Segundo ele, existe um jogo psicológico muito grande para que os deputados votem favoravelmente ao Impeachment, mesmo sem uma peça jurídica que justifique a derrubada da petista.

Ao fazer uma comparação com o Impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Olavo justifica que naquele caso havia uma peça jurídica consistente levantada por uma CPI.

Olavo defende que impopularidade não é motivo para tirar a presidente Dilma do cargo. Ele diz ainda que o Brasil precisa amadurecer sua democracia e acabar com a prática do golpe.

O petista também cita que no Brasil a esquerda sempre saiu do poder por meio de golpes e não pelo voto como deveria seria.

Para Olavo, o grande defeito de Dilma é ela não ser política. “Ela é durona, técnica gerentona. Ela não tem o jogo de cintura que o Lula tem. Ela disse muito não para estes canalhas,” diz.

 

Futuro

Caso o Impeachment não passe pela Câmara no próximo domingo, Olavo projeta o futuro do governo. Segundo ele, a presidente via chamar a oposição para um dialogo com o objetivo de traçar uma pauta no Congresso.

Por outro lado, Olavo comemora que o governo vai se livrar daqueles que ele chama de golpistas. “Nós estamos livres para nunca mais ter eles na nossa base,” diz.