Com experiência em cargos da administração federal nos governos Lula e Dilma, o goiano Olavo Noleto foi convidado pelo futuro ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) para ocupar o cargo de secretário executivo da pasta. O posto é o 2º na hierarquia do ministério, que deve ter papel central no novo governo petista. Olavo foi secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República nos governos Lula e Dilma. Também foi secretário- executivo de Comunicação Social no governo Dilma.
O escolhido preside atualmente a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), no Rio de Janeiro, e disputou cargo de deputado federal pelo PT goiano em 2014, quando recebeu 35.923 votos. Sob o comando de Padilha, a SRI responderá pela relação da Presidência com o Congresso Nacional. Também é responsável pela relação da Presidência com estados e municípios e pelo Conselhão, que será recriado – uma mesa de negociação com a sociedade civil – incluindo empresários e trabalhadores.
Em Goiás, Olavo ocupou o cargo de secretário de Projetos e Captação de Recursos da Prefeitura de Aparecida de Goiânia no ano de 2018 e em seguida, foi chefe da Casa Civil do município. Na capital foi chefe de gabinete na prefeitura de Goiânia na gestão de Pedro Wilson entre 2001 e 2002.
Detalhe
O município de Maricá, onde Olavo preside a Codemar, é um dos mais ricos do país, por conta da divisão de royalties provenientes da exploração de petróleo.
Cidade bilionária
Em 2021 foram R$ 2,4 bilhões recebidos e, neste ano, o valor foi de R$ 2,1 bilhões, mas chegaria a R$ 4 bilhões, não fosse por decisão judicial que dividiu o valor com a cidade de São Gonçalo, também no Rio.
Ao consenso
O deputado estadual Virmondes Cruvinel (União Brasil) desistiu da candidatura a presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O deputado contava com o apoio do atual presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), mas cedeu diante do avanço da candidatura do líder do governo, Bruno Peixoto (UB).
Pressão
Com a desistência cresce a pressão em torno do atual vice-governador e deputado eleito, Lincoln Tejota (UB), que ainda trabalha em disputa contra Bruno. Além dele, o ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (UB), corre por fora.
Motivos
Virmondes afirmou que sua decisão se justifica “em nome da unidade e fortalecimento do parlamento”. De acordo com ele, Bruno “se mostrou aberto” a ouvir suas sugestões.
Convite feito
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), formalizou ontem convite para que a deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) assuma o Ministério do Meio Ambiente. O petista chegou a sondá-la para ser a titular da autoridade climática, mas a ex-ministra reforçou que o posto deveria ser ocupado por nome com caráter mais técnico.
Conversa
Pelas redes sociais, Marina comentou a conversa e defendeu que o posto ligado ao Ministério do Meio Ambiente é um cargo técnico. “Tive uma boa conversa com o @LulaOficial sobre os rumos da política socioambiental do país. Esclareço que no encontro não tratamos sobre convite para assumir a autoridade climática, que defendo ser um cargo técnico vinculado ao Ministério do Meio Ambiente”, escreveu a deputada eleita.
Prazo
A expectativa é que o nome dela seja oficializado na pasta no início da próxima semana. Antes da conversa com Marina, Lula conversou com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou na terceira colocação na corrida presidencial e, assim como Marina, teve protagonismo na campanha do petista durante o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). As duas dividiram agendas e ficaram bastante próximas.