(Foto: Reprodução/ ONU)
A Organização Mundial de Saúde, OMS, promove até esta quarta-feira a primeira Conferência Global sobre Poluição do Ar e Saúde, em Genebra. Governos nacionais, municípios, organizações internacionais e sociedade civil participam no encontro para discutir a estratégia de combate ao problema.
Medidas
Na abertura do evento, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a poluição atmosférica é, neste momento, uma das maiores ameaças à saúde mundial, por isso, considera que é “necessário tomar medidas urgentes.”
O representante lembrou os principais números dizendo que “a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas todos os anos” e que “nove em cada 10 respiram ar poluído.”
Em declarações no fim de semana passado, Ghebreyesus classifiou a poluição atmosférica como o “novo tabaco.”
Os automóveis, a indústria, a agricultura e a incineração de lixo são as principais causas da poluição.
De acordo com a OMS, cerca de 3 bilhões de pessoas usam fogões e combustíveis poluentes dentro de suas casas para cozinhar e aquecer.
O diretor-geral da agência afirmou que segundo as estimativas da OMS, “até um terço das mortes por ataque cardíaco, cancro de pulmão e doenças respiratórias crónicas se devem à poluição do ar.”
O impacto na saúde infantil é significativo. A OMS estima que mais de 90% das crianças em todo o mundo respira ar tóxico.
Ação
Para a agência da ONU, esta realidade exige uma “forte vontade política, ação rápida e resistência” para lidar com o problema, devido às “provas contundentes do dano que a poluição do ar faz.”
O representante diz que há muito que se pode fazer para melhorar a qualidade do ar, mas todos devem desempenhar seu papel.