(Foto: Reprodução/ ONU)
As Nações Unidas apelaram ao respeito e à proteção de pessoas e instalações civis devido à onda de violência que já matou pelo menos 21 pessoas na capital da Líbia, Trípoli.
Esta terça-feira, o Escritório de Direitos Humanos também pediu o fim dos ataques a centros médicos e meios de transporte nos confrontos que começaram a 26 de agosto.
Áreas residenciais
Mais de 16 pessoas ficaram feridas após disparos indiscriminados e o uso de armamento que inclui foguetes, tanques e artilharia em áreas residenciais densamente povoadas.
Esta terça-feira, o Escritório de Direitos Humanos pediu a todas as partes que acabem com os ataques e tomem todas precauções para poupar civis e suas instalações.
Outra preocupação da ONU é com o impacto do conflito em pessoas que estão em situações de maior fragilidade, incluindo migrantes e deslocados internos.
Migrantes
Cerca de 8 mil migrantes foram detidos de forma arbitrária em centros de detenção nas áreas onde ocorrem combates. Eles não têm acesso a alimentos ou ao tratamento médico.
O escritório revela ainda que aqueles que foram liberados não conseguiram ter segurança e nem serviços essenciais. Migrantes que estavam em centros oficiais de detenção foram depois levados por grupos armados.
No domingo, pelo menos dois deslocados da comunidade Tawergha morreram e cinco mulheres ficaram feridas após um ataque a bomba ao acampamento de al-Fallah.
Centenas de famílias deslocadas estão agora abrigadas em escolas. Outras continuam retidas nas áreas que foram atacadas sem eletricidade, água e comida onde ocorrem combates e saques.
Ambulâncias
A Missão da ONU na Líbia, Unsmil, anunciou que dois trabalhadores humanitários foram alvejados no domingo enquanto tentavam retirar civis presos perto de Khilat al-Firjan. O grupo armado al-Kaniyat também teria confiscado ambulâncias dos serviços de emergência.
O escritório da ONU apela a todas as partes envolvidas no conflito que facilitem o acesso imediato, desimpedido e seguro da ajuda humanitária e dos trabalhadores do setor que querem servir aos civis necessitados.
Outro pedido feito às partes em conflito é que facilitem o movimento seguro e voluntário de civis que queiram abandonar áreas onde ocorrem ataques.