Jovens aprendizes durante curso prático na Renapsi de Aparecide de Goiânia (Foto: Carol Ongaratto)

A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece na tecnologia social idealizada em Goiás pela Rede Nacional Pró-Aprendiz (Renapsi), e replicada em todo o país, como um modelo a ser replicado em todos os países no desenvolvimento de políticas públicas à jovens e adolescentes. Há dois anos, a instituição é responsável por coordenar o Grupo C20, composto por organizações da sociedade civil, com o propósito de assegurar ações efetivas em temas como Educação, Trabalho e Inclusão. 

Na semana passada a Secretaria de Desenvolvimento Social anunciou a realização de licitação para contratar uma instituição formadora de jovens aprendizes do programa Jovem Cidadão e com esse interrompeu os contratos individuais de quase 5 mil jovens atendidos pela Renapsi.  

Os debates preparatórios para o encontro do G20, realizado em dezembro de 2018, foram embasados em temas de relevância global como emprego decente, capacitação e atualização profissional e contínua em um sociedade digital, desenvolvimento local sustentável para a promoção do trabalho.

“Entendemos que a educação é o ‘direito dos direitos’ e uma maneira fundamental de acessar outros, como o trabalho e a segurança social. A educação de qualidade e igualitária é uma das formas de quebrar o círculo de reprodução da pobreza”, diz Valdinei Valério, superintendente da Rede Pró-Aprendiz.

Nos encontros preparatórios, as organizações que tiveram representantes nos debates Cooperação Internacional (Japão), International Corporate Accountability Roundtable (ICAR), da L20 (que representa os trabalhadores no G20), e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) da Argentina, discutiram os impactos da tecnologia e da automação no futuro do trabalhador.

Em 2019, a Rede Pró-Aprendiz foi convidada para mediar os debates para o encontro do G20. O primeiro encontro foi realizado, em fevereiro, no Japão, e teve como tema Trabalho, Negócios e Direitos Humanos. O Grupo das 20 principais nações do mundo voltarão a se reunir nos dias 28 e 29 de junho, em Osaka, no Japão.

Dificuldades globais

Dados de organizações internacionais apontam que mais de 201 milhões de trabalhadores em todo o mundo estão desempregados, o que significa um aumento de 3,4 milhões desde 2016. O C20 busca, além de políticas públicas (incentivos e cotas especiais) para a inclusão laboral, a segurança social das mulheres e o cumprimento do objetivo de reduzir a diferença de gênero no mercado de trabalho em 25% até o ano de 2025, recomendado pelo C20 2017, para a proteção das redes de economia social, a alternativas como formas de desenvolvimento local.