Foto: Agência Brasil

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), realizou uma operação em parceria com o Ibama na Lagoa Formosa, em Planaltina de Goiás. O resultado foi de R$ 500 milhões em multas e 46 processos policiais. Segundo o delegado titular da Dema, Luziano Carvalho, a operação foi um pedido do Ministério Público de Planaltina.

Luziano Carvalho, detalhou que o MP de Planaltina, ao pedir a operação, enviou para a Dema relatórios circunstanciados, altos índices de infração e termos de embargos feitos pelo Ibama do Distrito Federal. “Nós estivemos com a polícia técnico-científica na região de Planaltina nos últimos dias, estivemos também nas suas nascentes escarpas e inúmeras construções em área de permanente, justamente da Lagoa Formosa”, explica.

As construções e explorações em áreas de reserva ambiental foram os principais crimes cometidos na Lagoa Formosa, que é uma das principais nascentes do rio Maranhão. “Os crimes são do artigo 64 que é edificar em área não edificável e também impedir ou dificultar a regeneração natural”, descreve.

O titular da delegacia de crimes do meio ambiente ainda revelou que alguns dos danos ambientais na região da Lagoa Formosa são irreversiveis. “O Buriti, que é uma espécie típica dessas áreas estão fazendo dreno. Isso são valas no meio e nas laterais dessas áreas para secar e estão plantando soja. Isso é muito grave, é um suicídio ecológico. As águas não estão correndo”, explica.

Segundo Luziano Carvalho, o perfil dos indicados pelos crimes ambientas na lagoa da região do Distrito Federal, são pessoas que sabem e conhecem de leis ambientais. “Não é daquela pessoa que faz sem conhecer, aquele ignorante. Nós estamos falando do cara que tem conhecimento.

Além de afetar a região de cerca de 15 km de extensão da Lagoa Formosa, os impactos ambientais poderão trazer reflexos para vários outros municipios, como Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Mimoso, Barro Alto, Niquelândia e Uruaçu.

*Reportagem de Rafael Bessa