A mudança na forma do Projeto de revisão da Planta de Valores, de projeto de Lei Complementar para projeto de Lei Ordinária, reduziu a quantidade de votos necessários para a aprovação da matéria no plenário da Câmara. O mínimo de 24 votos favoráveis caiu para 18. Ao mesmo tempo em que a base da prefeitura tem mais facilidade para aprovar o texto, a oposição se mobilizar para alcançar um número menor de aliados.
Além dos nove vereadores que são definidos como oposição, o Bloco Moderado, que tem cinco parlamentares pode aderir à movimentação. Depois disto, a intenção é convencer ao menos quatro apoiadores de Paulo Garcia (PT), que ainda estariam indecisos.
Geovani Antônio (PSDB) acredita que esta possibilidade é real. “Percebemos que grande parte de vereadores que compõe a base tem se manifestado em conversas com nós vereadores da oposição que tem dificuldade em votar no projeto como ele está. Eles tiveram a compreensão que não houve critério nenhuma. Essa metodologia que foi utilizada para essa atualização, ela acentua e agrava ainda mais a justiça fiscal,” conta.
O líder do Bloco Moderado, vereador Paulo da Farmácia (PROS), explica que o grupo é contrário ao projeto da maneira que está e que o prefeito deveria ter mais consideração com os cinco vereadores. A prefeitura realizou reuniões com a base e a oposição, mas não chamou o Bloco, que se porta como independente. “O bloco está discutindo ainda. Nós queremos votar a favor do prefeito, mas desde que seja aplicado o índice mais a correção da inflação,” aponta.
A oposição acredita que vereadores como Cida Garcêz e Paulo Magalhães (Solidairiedade), e Felisberto Tavares e Tayrone Di Martino (PT) possam votar contra o projeto enviado pelo prefeito. Os parlamentares não confirmam.
O projeto será apreciado nesta quinta-feira em reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça e só será analisado em plenário na próxima semana. Até lá, ao menos duas emendas devem ser aprovadas.