O Deputado Federal e Delegado licenciado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz (PC do B–SP), avaliou o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. O Parlamentar entregou ao Presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia (PT-RS) o pedido para a criação da CPI da Privataria, que trata das irregularidades em privatizações durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O requerimento, que já foi assinado por 206 deputados, busca investigar as denúncias apresentadas na obra. O Deputado Federal alega que o quórum mínimo já foi alcançado, e a partir de fevereiro de 2012, uma data pode ser criada para a instalação da CPI.
“Falava-se no início que seria uma CPI direcionada pelo governo, pela base aliada, mas é um engano. Nossa CPI é suprapartidária. Deputados de todos os partidos assinaram principalmente os da oposição”, relata.
Segundo o Deputado Protógenes Queiroz, o livro traz vários fatos novos referente às vendas das estatais. Ele avalia que foram vendidas empresas importantes, que naquele período estava em uma administração “negativa”.
Por meio da venda das estatais, o dinheiro seria aplicado sobre a saúde, educação, segurança pública, reestruturação das forças armadas, conforme prometido pelo governo federal, no entanto, de acordo com o Parlamentar, o dinheiro desapareceu.
“Imagina uma empresa como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) que na época foi subavaliada, e o fato é que esta siderúrgica foi arrematada, e o dinheiro que ingressou aos cofres públicos foi apenas de R$ 38 milhões, dinheiro esse que talvez na área importante do centro urbano de Goiânia tenha terreno com valor muito superior que este. A CSN caiu em mãos alheias”, argumenta.
O Deputado Federal revela que houve uma tentativa de boicote para que o livro não fosse vendido e divulgado, para que assim não houvesse compradores, no entanto está havendo uma grande procura pela obra.