A Síria vive mais um dia sangrento nesta quarta-feira (21). Um dos grupos de oposição ao presidente Bashar al-Assad acusa as forças leais ao governo de lançar um ataque usando gás, que teria matado mais de 494 pessoas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirma ao menos 100 óbitos.
Fotografias feitas por profissionais da agência de notícias Reuters mostram dezenas de corpos, inclusive de crianças pequenas, alinhados no chão de uma clínica médica. Eles não apresentam sinais visíveis de ferimentos.
o comando militar sírio negou o uso de armas químicas, dizendo que eram sinais de “histeria”. O comunicado foi feito por meio de um anuncio na TV estatal. De acordo com o ministro da informação, Omran Zoabi, disse que as alegações são ilógicas e fabricadas.
O presidente francês, François Hollande, pediu que as Nações Unidas enviem inspetores para verificar se houve um ataque químico na Síria.
Ativistas afirmam que foguetes com agentes químicos foram disparados em subúrbios de Damasco de Ain Tarma, Zamalka e Jobar durante um bombardeio feito pelas forças no governo na madrugada desta quarta-feira.
Um vídeo amador e fotografias, que surgiram na internet, supostamente do bairro de Kafr Batna mostram uma sala cheia com mais de 90 corpos. A maioria dos corpos pareciam cinzentos ou pálidos, mas sem ferimentos visíveis. Alguns deles embrulhados em cobertor.