Não posso dizer que o Atlético amarelou ontem contra o Vitória no Barradão, em Salvador. Isto porquê há pelo menos uns três ou quatro jogos, a equipe não tem desempenhado aquele futebol vistoso, ofensivo, aquele das semifinais e finais do Campeonato Goiano. Tudo bem que os adversários melhoraram (E muito). Não fala em goleadas, vitórias ou derrotas por placares apertados serão constantes daqui para frente. Mas me impressionou a apatia,principalmente no primeiro tempo. Para ser bem realista. Antes do jogo, percebia aquela vontade, muita concentração no semblante dos jogadores, mas foi só o Heber dar o apito inicial que tudo foi embora. E o que se viu em campo foi um time acoado, medroso, ultra-defensivo e para ser mais um profundo, um kamikaze. Chamou o Vitória para dentro do campo de defesa que resistiu apenas 30 minutos o bombardeio aéreo comandado por Ramon Menezes.
A derrota escancara algumas coisas como sempre. Juninho mal, time sentiu a ausência do Robston que é o coração do time e faltou um atacante de definição para aproveitar as chances criadas pelo setor ofensivo atleticano, que convenhamos não foram poucas chances claras de gol. Dá para listar pelo menos umas quatro: Cabeça do Pituca, cruzamento do Marcão e o Juninho chegou atrasado, chute do Ramalho e a última chance com o Marcão que reclamou de pênalti que na minha opinião não houve nada.
Mesmo que haja o sentimento de frustração, não podemos desconsiderar que foi realizada uma boa campanha e que a partir de agora, o clube será cobrado para que faça no mínimo campanhas semelhantes nas próximas participações. Destaco na partida de um modo geral: goleiro Márcio, Thiago Feltri cresceu muito na etapa final, Ramalho, Agenor e Pituca também. Juninho e Erandir não conseguiram acompanhar o nível dos demais.
Quanto ao time de maneira geral, o Geninho gosta de dizer que o time antes dele chegar era de índios. Pois então, eu quero este time na obediência tática, mas que NUNCA PERCA O ESPÍRITO DO ‘ÍNDIO”.
Torcida
Mais uma aula de como torcer em um estádio do nordeste de nosso país. Depois de me impressionar com a postura da torcida do Santa Cruz, hoje faço questão de relatar a participação do torcedor do Vitória ontem a noite. Desde o início participou, empurrou o time para cima do Atlético. Enquanto isso, quando a bola estava com os atleticanos muitas vaias e buzinas. No segundo tempo sentiu que o Atlético havia dominado a partida, ela também sentiu e ficou mais quieta. Depois do terceiro gol voltou a incendiar o Barradão. Digo sem medo, 4 mil torcedores faziam mais barulho que um dia de jogo com o Serra Dourada lotado.
Reformulação
Agora que acabou a Copa do Brasil, competição que o Atlético não poderia mais inscrever ninguém, a diretoria deve acelerar o processo de reformulação dentro do elenco. Dos atletas que tem o contrato encerrando dia 30 deste mês, apenas Chiquinho deve permanecer. Anailson tem grandes chances de ser liberado para procurar outro clube. Um zagueiro, dois meias e um atacante estão na mira da diretoria. Para o ataque, um atleta que está no futebol mexicano pode ser o escolhido com o nome mantido em segredo. Deve ser anunciado ainda nesta semana. Nas demais posições, a diretoria tem acompanhado os atletas que estão fora do país e vão aproveitar a abertura da janela para reforçar o elenco na disputa do Brasileirão.