A cidade é um imenso cenário de crimes e o fato é mostrado pelos veículos da Rede Clube de Comunicação. O portal730.com.br, a Rádio 730 e o jornal A Rede insistiram na estranheza da liberação para construir um shopping dentro do Córrego Caveirinha. Não havia nenhuma justificativa, além do nome do pequeno filete de água que corta a antiga região do Alto da Poeira, a que margeia o Anel Viário de Goiânia. Bom, o Anel Viário nunca foi concluído, mas já acabaram com o Córrego Caveirinha. Depois de muito a Rede Clube de Comunicação denunciar, chamar a atenção das autoridades, enfim, estão reagindo. Mas ninguém é louco de achar que vão implodir um shopping para salvar um córrego. Repetindo, Goiânia é um local de crime de 732 quilômetros quadrados.
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O caso do centro de compras tem centenas de precedentes, inclusive o Goiânia Shopping, edificado no Córrego Vaca Brava. Mais que omissos, os órgãos públicos são os primeiros a agredir a cidade. A Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Fórum de Goiânia foram erguidos dentro de uma nascente, a do Córrego dos Buritis. Portanto, uma mesma nascente abriga dois poderes, o que faz as leis e o que julga as pessoas.
Os agressores estaduais são imitados pelos municipais. Câmara de vereadores de Goiânia está em uma área invadida na Praça do Trabalhador. A Prefeitura de Goiânia invadiu a Praça Cívica, ali fez sua antiga sede, o tal Palácio das Campinas, um barracão antiquado que enfeia o já pavoroso centro da Capital. Pior ocorre com o Clube dos Oficiais, o Clube de Engenharia, a Associação de Subtenentes e Sargentos, o Inmetro e tantas outras repartições que concretaram margens de ribeirões, hoje suas áreas de lazer.
Além do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, que se uniram para acabar com Goiânia, outro que está destruindo tudo é o poder aquisitivo. As empreiteiras fazem o que querem, pois as autoridades permitem. Invasores milionários tomaram uma rua inteira, a 115, no Setor Sul. E as autoridades não dizem nada. Quando dizem é concordando com o banditismo urbanístico e ambiental. Mas a Rede Clube de Comunicação vai continuar insistindo, até aparecer uma autoridade que presta honrando o cargo e punindo os autores desse cenário de crimes.
