A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, detalhou em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (4), a situação de Goiânia diante do salto no número de novas infecções da covid-19 e mortes no Brasil. De acordo com Mrué, Goiânia tem mantido controle da epidemia, com queda no número de internações e também no número de mortes, mas ressaltou que é necessário prevenir para evitar uma segunda onda.
“O mais importante para nós é a prevenção dessa segunda onda, que é possível acontecer”, alertou. “O que previne essa segunda onda são algumas medidas que dependem muito mais da responsabilidade da população, que é manter os mínimos cuidados, ou seja, uso de máscara, guardar o distanciamento e manter a higienização das mãos. Não vamos acreditar que a pandemia tenha passado, porque não passou e corre o risco de vir uma segunda onda muito forte”.
Outro ponto destacado pela secretária municipal de Saúde foram as ações do poder público. “As ações que mostraram mais efetivas, não apenas aqui, mas em todos os lugares, que são testagem ampliada, rastreamento de contatos e aquelas medidas de reconhecimento oportuno da necessidade de internação. Estamos mantendo a testagem ampliada, ao logo de vários bairros e isso nos dá facilidade de quebrar essa linha de transmissão”, afirmou.
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O Brasil corre o risco de perder, por data de validade, 6,86 milhões de testes para diagnóstico do novo coronavírus, os chamados RT-PCR. Questionada sobre o repasse dos testes para Goiânia, Mrué explicou que a Secretaria Municipal de Saúde recebeu os kits com protocolo de testar apenas em pessoas graves. “Isso não nos atendia”, afirmou.
De acordo com Mrué, Goiânia já fez mais de 250 mil testes na população, apenas 20% foram com os kits disponibilizados pelo governo federal. “Então 80% dos testes foram pelas iniciativas da Secretaria de Saúde, por conta desse protocolo de testar apenas pessoas graves”, disse. “Goiânia obteve um dos índices percentuais de mais alta testagem no país e que precisa ampliar ainda mais”, afirmou.
Fátima Mrué explicou que além da testagem em massa, a SMS incluiu monitoramento por telefone e um convenio com a Universidade Federal de atendimento telemedicina, para acompanhar as pessoas que eram contatos ou contaminadas que estavam em casa e não precisavam de internações.
“Essas medidas de acompanhamento domiciliar, fez com que as pessoas deixassem de ter necessidade de ir até uma unidade de saúde e assim o número de disseminações e contatos no caminho foi praticamente abolido”, disse. “Então foi uma medida que trouxe esse controle mais satisfatório em Goiânia”, completou.