Depois de muitas incertezas e indefinições o Campeonato Goiano 2020 já tem data para ser encerrado. Em reunião realizada na tarde desta terça-feira entre Federação Goiana de Futebol (FGF) e representantes das 12 equipes que disputam a primeira divisão, as parte chegaram a um acordo para que o estadual termine ‘dentro de campo’ e no início de 2021.
Entre várias definições, as mais importantes são a manutenção do rebaixamento e a diminuição de oito datas para cinco, fazendo com que as fases finais (quartas, semis e final) sejam disputadas em jogo único.
Opinião
O desfecho encontrado na reunião, foi visto com bons olhos pelos comentaristas da Sagres 730 que enalteceram, principalmente, o fato da competição ser decidida dentro das quatro linhas.
“Clubes e Federação Goiana de Futebol encontraram uma saída interessante e o campeonato termina em campo. Legal. Serão cinco datas, então a reta final será diminuída, como a gente viu agora no Campeonato Paulista. A definição para o encerramento dentro de campo ficou melhor ainda preservando o rebaixamento”, analisou José Carlos Lopes.
O ‘mais respeitado’ também elogiou a permissão para que atletas que iniciaram a competição por uma equipe, possa defender um novo clube nesta reta final. Mais uma decisão tomada na videoconferência.
“Será um outro campeonato, uma novo torneio bem curto, bastante interessante. Vai preservar a moral, a legalidade do campeonato e eu achei isso legal. Além de preservar os times que estão no Campeonato Brasileiro, já que se a final for realizada entre Atlético e Goiás, por exemplo, eles estarão preservados com as decisões acontecendo após o Brasileirão. Então ficou bacana”, completou.
Quem também compartilha deste mesmo pensamento é Evandro Gomes. “Penso que ficou definido da melhor forma possível. O Campeonato Goiano vai para o campo, onde sempre tem que ser decidido ali. São cinco datas que acredito que será possível conciliar bem tanto com Campeonato Brasileiro que estará se encerrando, quanto também com a edição do estadual de 2021”, afirmou.
O ‘mais sensato’ ressaltou ainda as mudanças no formato da fase mata-mata, possibilitado uma diminuição das datas e tranquilizando as equipes que estarão simultaneamente na disputa do Campeonato Brasileiro.
“Acredito que diminuindo as datas deu para equilibrar bem e não vai afetar tanto aqueles que pensavam que seriam prejudicados, como Atlético e Goiás que disputam a Série A e o próprio Vila Nova na Série C. Não tenho lembranças de ver um campeonato aqui terminar no ano seguinte”, disse.
O comentarista finalizou surpreso com a posição do Vila Nova que, assim como Iporá, Grêmio Anápolis, Anapolina e Iporá, votou a favor do não rebaixamento nesta edição.
“Coincidência ou não, aqueles questão embaixo na tabela votaram contra o rebaixamento. Não deu para entender a atitude do Vila Nova, porque ao não querer o descenso, o colorado quer o Goianão de 2021 com 14 clubes ou não ter a Divisão de Acesso dessa temporada”, concluiu.
Para o craque Tim, que foi jogador e sabe bem dos desafios dentro de campo, as definições justas e atenderam os anseios da maioria das equipes.
“Acho que o melhor aconteceu, ficou bom para todo mundo, e isso que é importante. Eu gostei bastante da decisão, principalmente porque teremos a final do campeonato em campo, prevalecendo a ideia do presidente André Pitta para o retorno em janeiro de 2021. Essa diminuição de datas, para mim, deixa a competição ainda mais interessante. Dá a oportunidade, as vezes, para times menores chegarem à final e ou que sabe serem campeões”, pontuou.
O comentaristas também comemorou a opção da maioria pelo rebaixamento e ressaltou a surpresa com a posição do Vila Nova na votação sobre este tema.
“Achei positiva a manutenção do rebaixamento. Me chamou a atenção o fato de, dos 12 clubes que disputam a primeira divisão, cinco votaram para não haver rebaixamento nesta temporada. Chamou a atenção também o Vila Nova estar entre esses cinco, ele que tem chance de ser rebaixado, apesar de eu não acreditar nessa possibilidade”, finalizou Tim.
Mesmo vendo com bons olhos a decisão final, Cléber Ferreira relembrou a paralisação do estadual no mês de março. Na visão do comentarista, se as duas rodadas finais da primeira fase tivessem sido disputadas antes da paralisação, a situação seria mais fácil de ser resolvida agora.
 “Vi a decisão como a melhor possível visto a excepcionalidade que estamos vivendo. Não ficaria 100%, não tem como. A pandemia atrapalhou todo mundo, não foi só o futebol goiano. Poderíamos ter tido uma forma mais racional de conduzir o Campeonato Goiano se no dia 17 de março, quando as duas últimas rodadas da primeira fase seriam disputadas entre uma quinta-feira e um domingo e o estado só tinha três casos de covid. Mas houve uma movimentação do Sindicato dos Atletas ouvindo apenas um clube e bloqueou a realização dessas partidas. Agora teremos clubes montando seu elenco para apenas um jogo”, explicou.
O ‘amigo dos amigos’ foi mais um a comemorar a diminuição das datas na fase final. “Dos males o menor. Seria imoral não ter rebaixamento. Prevaleceu a sensatez, porque se Atlético e Goiás chegarem na reta final do Campeonato Brasileiro precisando de algum resultado, assim como o Vila Nova, o jogo da final só acontece uma semana após o término do campeonato nacional”.