Na manhã dessa terça-feira (11) foi deflagrada a operação Compadrio, que combate dos desvios de dinheiro público. A ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) prendeu o diretor de obras da Agetop, José Marcos Musse, o ex-deputado Joãozinho Costa, o cunhado dele, Geraldo Magela, sua eposa Sandra Beatriz e dois filhos.
Para vereadores do PSDB, mesmo partido do presidente da Agetop, Jayme Rincón, e até da sigla opositora PMDB, não acreditam que a Operação Compadrio possa atrapalhar os planos políticos de Jayme. O tucano é o principal pré-candidato do partido à prefeitura de Goiânia.
A líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal, Cristina Lopes, defende toda a investigação, mas não acredita no envolvimento direto de Jayme Rincón:
“A operação pegou todos de surpresa, é importante saber o conteúdo dela e o que está sendo apurado. Precisamos primeiro saber de tudo que está acontecendo para dizer alguma coisa, mas acredito que isso não respingue na imagem do Jayme Rincón, por estar à frente da Agetop. Não deverá ser um grande problema, mas, se houver alguma conduta ilícita, ela tem ser responsabilizada”.
Outro tucano, o presidente da Câmara, Anselmo Pereira, também não acredita que Jayme Rincón possa ter participação no esquema apurado pela Operação Compadrio. E o vereador ainda faz uma comparação com a situação vivida pelo governador Marconi Perillo (PSDB) durante a Operação Monte Carlo, em 2012, quando viveu crise de imagem por conta das investigações federais.
“Essas questões administrativas e investigativas vão sempre acontecer em todas as esferas, é natural. Tenho certeza que o próprio Jayme vai apurar o que está acontecendo e explicitar para a sociedade, ele é o chefe da Agetop. Não vai interferir no processo eleitoral. Teve alguém mais perseguido que o Marconi Perillo? E ele manteve os votos dele fruto do trabalho”.
No entanto, não apenas vereadores do PSDB defenderam Jayme Rincón. O peemedebista Clécio Alves também preferiu não condenar antecipadamente o presidente da Agetop, a quem fez elogios:
“À partir do momento que a pessoa dele não foi ligada a operação, é porque não foi detectado nenhuma ligação até o presente momento. Embora não seja do meu partido, vejo o Jayme Rincón como um homem empreendedor, trabalhador e que tem feito muitas ações a favor do estado de Goiás. Seria a última pessoa no mundo a fazer um pré-julgamento de quem quer que seja”.