Uma mulher foi presa pela Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), depois de deixar um feto no cesto de lixo de um banheiro da unidade de pronto atendimento (Upa), no Setor Jardim Curitiba, região noroeste de Goiânia.

Segundo as investigações, a mulher de 22 anos teria cometido aborto no vaso sanitário, antes de descartar o feto dentro da lixeira. A suposta grávida é bacharel em Direito e natural do estado do Tocantins. Ela estaria morando em Goiânia, na casa dos tios, para realizar a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A suspeita, que por motivos de segurança não teve o nome divulgado, foi presa depois que funcionários da unidade de saúde comunicaram o fato à polícia na noite deste domingo (21), como explica o ajunto da DIH, Ernani de Oliveira Cazer.

“A equipe de plantão foi comunicada ontem, por volta das 20h, que havia sido encontrado um feto dentro de uma lata de lixo no banheiro. A equipe foi até o local, fez as diligências necessárias, e descobriu o endereço da suposta gestante. No endereço, a equipe constatou que lá moravam os tios da pessoa que foi presa”, afirma.

Ainda segundo o delegado, ao serem questionados sobre a localização da suposta grávida, os tios teriam mentido, afirmando que ela viajou para o Tocantins. A equipe, no entanto, fez buscas pela residência e encontrou a suspeita escondida dentro do banheiro da suíte. A mulher relatou aos policiais que realizou o aborto por não ter condições de cuidar da criança.

“Ela disse que a vida dela estava passando por um momento muito conturbado, que ela estava querendo melhorar de vida, que estava estudando para o exame da OAB e que ela não tinha condições de ter essa criança”, afirma.

O delegado informou também que a mulher realizou o aborto após ter tomado um medicamento. A suspeita procurou informou à polícia que procurou o remédio na internet, e que passou mal na noite de sábado (20), depois de tomar o medicamento. Segundo a perícia, o feto do sexo masculino e de apenas seis meses, não chegou a respirar, o que indica que o ocorrido foi um crime de aborto.

Com informações do repórter Jerônimo Junio