O governador Marconi Perillo (PSDB) pode ser convocado novamente à prestar esclarecimentos na CPI do Cachoeira, em Brasília. Os integrantes da comissão defendem a reconvocação de Marconi para que ele possa explicar os novos elos entre ele e o contraventor apontados em um relatório da Polícia Federal, revelado pela revista Época.
No relatório Marconi teria firmado um compromisso entre ele e a Delta Construções por intermédio de Carlinhos Cachoeira. O acerto inclui a liberação de dívidas milionárias da empreiteira com o governo de Goiás mediante suposto pagamento de propina ao governador.
Este acerto envolveria a polêmica compra da casa de Marconi Perillo por Cachoeira. Segundo a PF a casa foi paga com dinheiro da Delta Construções. Em depoimento à CPI no mês passado, Perillo sempre negou ter relações com a Delta ou Cachoeira. Ele tem dito que a venda da casa, onde o contraventor foi preso no final de fevereiro, foi legal. Marconi Perillo ainda não se pronunciou sobre as novas acusações.
Em nota, a assessoria do governador classificou as novas denúncias como uma tentativa de desconstrução da imagem dele e atribuiu a grupos políticos que tentam denegrir a imagem do governo.
O governador garante que responderá com absoluta segurança e tranquilidade todos os questionamentos que eventualmente lhe fizerem durante as investigações e “tem a mais absoluta convicção de que, ao final das investigações, estará provado que todas essas ilações irresponsáveis não passam de uma manobra política repugnante”.
A nota também lembra que a maior parte dos contratos obtidos no governo do Estado pela Delta vêm do governo passado e diz que, nas novas denúncias, “procurar estabelecer ligação entre três pagamentos feitos à Delta de uma série continuada de outros pagamentos (conferir em transparencia.goias.gov.br) é uma atitude de má-fé, leviana e irresponsável”.