Depois da decisão dos grevistas de continuarem movimento e a ocupação do Plenário da Câmara, o prefeito Paulo Garcia concedeu entrevista e explicou que as negociações com a categoria estão encerradas. Além disto, o petista declarou que as mudanças propostas pelos professores são apenas “semânticas” e não mudam o real sentido do que foi respondido de forma oficial pela prefeitura em uma carta de intenções, assinada pela secretária Neyde Aparecida.
O prefeito não vê problemas em realizar estas mudanças no documento, como foi exigido pelos manifestantes, mas desde que as sugestões sejam enviadas de forma oficial e assinada pelos coordenadores. Paulo confirma que, para a prefeitura, as negociações estão encerradas. “Nós consideramos encerrada a necessidade de qualquer diálogo, de qualquer discussão frente a essas reivindicações. Uma vez que pré-acordamos todos os temas da pauta, sem deixar de atender nenhum,” afirma.
Outra decisão de Paulo Garcia foi encerrar a folha de pagamento nesta quinta-feira. Desta forma, o projeto de lei que institui o auxílio locomoção não foi aprovado na Câmara e praticamente todos os professores ficam sem o benefício pelo qual reivindicaram. Apenas 53, dos 10 mil, vão receber o antigo difícil acesso.
O prefeito ainda confirma o compromisso de não cortar o ponto dos grevistas e de retirar o processo aberto contra oito líderes do movimento Comando de Luta pela Educação. “A prefeitura reafirma o compromisso, que encerrar a paralisação, não dar seguimento a ação civil pública, bem como não promover o corte de ponto desde que haja a reposição de aulas,” garante.
O Comando de Greve não se posicionou até o fechamento desta reportagem sobre as declarações e decisões de Paulo Garcia. Existe a possibilidade de a realização de uma assembleia extraordinária da categoria nesta sexta-feira.