A fase, que já anda ruim, pode ficar ainda pior nos próximos dias, ou até próximas horas. O técnico PC Gusmão foi procurado pelo Criciúma, time catarinense que está na Série A e sem técnico, e pode deixar o Atlético menos de um mês depois de assumir o time. Após o empate por 1 a 1 com o América-MG no Serra Dourada, o assunto tomou conta dos vestiários e o treinador tentou explicar que não existe nada de concreto.
“Quanto a interesse de outros clubes, eu não vou falar aqui, até porque fica chato. Eu tenho um empresário e todas as situações que vem me procurar, eu direciono, e dessa vez não foi diferente. Eu preciso saber o que está acontecendo, não sei de nada ainda, mas a partir do momento que acontecer algo, a diretoria do Atlético vai ser a primeira a saber, vou passar tudo para eles. Sou profissional do futebol, não posso falar de hipóteses”
O clima parece, mesmo, ser de despedida. Nas tribunas, o diretor de futebol do clube, Adson Batista, destacou que não tem como competir com uma proposta de um time da Série A, até pela situação financeira do Atlético. Curiosamente, Adson, que costuma ficar muito tempo na tribuna, desceu para o gramado e caminhou rumo ao vestiário. PC, que é muito amigo do dirigente, garantiu que o primeiro a saber de alguma decisão será Adson.
“Decisão a gente tem que tomar na vida, não tem jeito. Quando tiver a proposta concreta e o meu representante me passar alguma coisa, a gente vai tomar uma posição e eu vou passar tudo para a diretoria do Atlético. O Atlético é um grande clube do futebol brasileiro, eu me sinto honrado de vestir essa camisa. A partir do momento que houver uma proposta, não vai ter nenhum leilão, o Adson é uma pessoa inteligente, meu amigo pessoal e quando tiver uma posição, eu vou falar com ele”
Pé na forma
Sobre o jogo, PC destacou que o Atlético enfrentou uma equipe que tem um poder de fogo muito forte, com uma grande disciplina tática, mas que pelo jogo feito pelo time rubro-negro, a vitória seria algo merecido. O treinador do Atlético acredita que dessa vez o problema não foi emocional, pelas derrotas seguidas no Serra Dourada, e sim na finalização.
“Eu acho que o emocional equlibrou sim, tá pecando um pouco mais na precisão, na parte técnica mesmo, dos fundamentos, a parte básica do futebol. O equilibrio foi fundamental, não se atirando pra cima do adversário, sabendo que precisava da vitória, mas não se expondo com risco de ter a derrota”