A maior tragédia da história do futebol brasileiro. O avião que levava a Chapecoense para Medellín, onde disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional na próxima quarta-feira, caiu a 50 quilômetros da cidade colombiana, a princípio, por causa de uma falha elétrica. Entre as 81 pessoas estava o cinegrafista Ari Junior, goiano e doente pelo Goiás Esporte Clube como relatou o jornalista, amigo e irmão de vida, Téo José.
Quem também conversou com a equipe da 730 foi o jornalista e amigo Pedro Bassan, da TV Globo: – Está sendo um dia muito difícil, nós perdemos um irmão. Estou ao lado do Clayton Conservani, talvez o repórter que mais trabalhou com o Ari na TV Globo. Nós dois, eu e o Clayton, é como se tivesse faltando um terceiro irmão aqui na turma, sabe? É como se na minha família estivesse faltando alguém – declarou.
Bassan revelou que passou o dia ao lado de Meirilane Marques, esposa de Ari. Nas palavras do jornalista, para esse momento ser superado será preciso fazer igual a Chapecoense: se unir. “Na união a Chape tinha sua principal força. Ela – Meiri – está sendo uma grande guerreira, passando com muita fibra esse momento tão difícil da vida dela e de todos nós”, disse o jornalista.
As notícias que chegam da Colômbia é que nos próximos dois dias os corpos devem ser liberados, informação que foi confirmada pelo repórter. “Ainda não existe previsão, o processo deve demorar cerca de dois dias. Tem uma equipe da TV Globo a caminho da Colômbia, devem chegar lá nas próximas horas e vão nos abastecer de informações atualizadas”, detalhou.
Bassan fez questão de exaltar como Ari idolatrava o Estado de Goiás e a população goiana. “Não quero me despedir sem antes dizer, especialmente falando para o povo de Goiás e goianos, que o Ari foi um tremendo orgulho para Goiás e do povo goiano. Um talento como o Ari não vai aparecer tão cedo, é como os Beatles, o Ayrton Senna, vamos ficar esperando outro e não vai ter. Goiás precisa ter a certeza sempre que em termos de imagem, o Ari é o Pelé. Que os goianos tenham muito orgulho dele, porque ele tinha do povo goiano. Ele sempre falava de pequi, da música sertaneja, de Goiânia, de Trindade. Que Goiás se lembre sempre dele”, concluiu.
Ouça a entrevista de Pedro Bassan:
{mp3}Podcasts/esporte/29_11_2016_-_pedro_b_por_tel{/mp3}