A cidade inteira já sabia e o fato é que causou pouca surpresa o rebuliço na Agência de Meio Ambiente de Goiânia. A Amma já teve outras siglas, apresentou-se com outros nomes, mas sua fama nunca foi outra. A notoriedade é de uma repartição com muitos rolos. Os servidores corretos pagam pelos corruptos e os corruptos pagam para seus padrinhos. Foi assim em outras administrações, está sendo assim com Paulo Garcia e a novidade é a posse do ex-prefeito Pedro Wilson na presidência da Amma. Além de torcer pelo seu sucesso, é preciso alertá-lo para práticas antigas, antiquadas e criminosas.
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Desde que a fundação de Goiânia, o meio ambiente é agredido com frequência. Aliás, a capital só veio para a região da Campininha das Flores por causa das riquezas hídricas. Eram dezenas de córregos, rios, ribeirões, riachos preservados. Milhares de nascentes. Hoje, todos os cursos d’água viraram filetes de esgoto, veias de podridão. As agressões continuam e a Amma é parceira de todas elas.
Pedro Wilson é honesto, mas essa é apenas uma das qualidades necessárias. Aguarda-se pulso firme com os desvios e mão pesada com os lobistas. Tem de aumentar a vigilância não somente com os vereadores, mas também com outros influentes personagens da política, das empreiteiras, dos postos de combustíveis, das consultorias.
Pedro Wilson é honesto, mas é preciso nomear uma equipe de trabalhadores efetivos e comissionados igualmente honestos. Tomar cuidado com as autorizações para construir prédios. Reduzir a poluição visual e sonora. Paulo Garcia prometeu gestão sustentável. Até agora, suas promessas não se sustentam. Que Pedro Wilson apresente na Amma a competência para defender a natureza que ele próprio e Paulo Garcia não mostraram como prefeitos.
