Os militares norte-americanos disseram nesta sexta-feira que estavam identificando novas áreas nas quais poderiam trabalhar com aliados para pressionar o Irã em apoio à nova estratégia do presidente Donald Trump, que promete uma abordagem bem mais agressiva em relação a Teerã.
Trump minou o acordo nuclear com o Irã de 2015 nesta sexta-feira, indo de encontro a outras potências mundiais, ao optar por não confirmar que Teerã está cumprindo o pacto e alertar que ele pode vir a terminar com ele.
O presidente também prometeu lidar com o Irã de forma mais ampla, incluindo o apoio do país a grupos extremistas no Oriente Médio.
O major Adrian Rankine-Galloway, porta-voz do Departamento de Defesa, disse à Reuters que o Pentágono estava avaliando o posicionamento das suas forças assim como o planejamento, mas deu pouco detalhes sobre o tema.
”Estamos identificando novas áreas onde vamos trabalhar com os nossos aliados para pressionar o regime iraniano, neutralizar a sua influência desestabilizadora e conter a sua agressiva projeção de poder, particularmente no apoio a grupos terroristas e militantes”, afirmou ele.
Os militares norte-americanos são há muito tempo críticos ferrenhos do Irã, acusando o país de tentar minar os EUA e os seus aliados, incluindo no Iraque, Síria e Iêmen.
As tensões aumentaram nos últimos meses na Síria, onde pilotos norte-americanos derrubaram dois drones fabricados pelos iranianos.
Uma abordagem mais agressiva em relação ao Irã poderia provocar uma reação da Guarda Revolucionária do Irã e das forças apoiadas pelo grupo. Isso envolve o Iraque, onde tropas norte-americanas lutam contra o Estado Islâmico e tentam manter distância de combatentes xiitas alinhados com o Irã.
”As forças dos EUA no Iraque estão bem expostas, e as forças da coalizão estão bem expostas ao risco de ataques, se elementos iranianos assim decidirem”, declarou Jennifer Cafarella, do Instituto para o Estudo da Guerra, um centro de análises em Washington.
Os militares norte-americanos estão analisando um projétil explosivo que matou um soldado do país no Iraque neste ano. A volta do dispositivo, que combatentes xiitas apoiados pelo Irã costumavam usar contra as tropas dos EUA no Iraque antes da retirada de 2011, surpreendeu as autoridades dos Estados Unidos.
Da Agência Reuters