Avenida Perimetral Norte (Foto: Reprodução)
No ano de 2018, 156 pessoas perderam a vida no trânsito de Goiânia. Os números são melhores do que nos anos anteriores. Em 2016 foram 228 mortes e em 2017 foram 190. A situação é de alerta. Dados foram divulgados pela Prefeitura de Goiânia, como parte das ações do Maio Amarelo, que tem como foco a redução de acidentes de trânsito.
O local mais perigoso da capital é a Avenida Perimetral Norte. Em 2018, seis pessoas morreram na via. Outras avenidas com bastante perigo são: Anhanguera e T-9 com quatro mortes contabilizadas, Independência, Americano do Brasil, Goiás Norte, com três mortes. O principal fator de risco é o excesso de velocidade. 59% das mortes ocorreram por este motivo. As questões de infraestrutura interferiram em 22% das mortes no trânsito de Goiânia.
O secretário municipal de Trânsito, Fernando Santana, destacou que ações como, intensificar a fiscalização, aumentar a sinalização e a educação no trânsito, estão sendo desenvolvidas para conscientizar os motoristas para reduzir velocidade e melhorar a segurança dos condutores.
“Nos pontos mais críticos nós estamos intensificando a fiscalização, estamos aumentando a sinalização, estamos indo além do que é exigido pelo CTB [Código de Trânsito Brasileiro], que tem as normas que disciplinam toda essa sinalização, nós estamos indo além disso e nós vamos continuar fazendo isso” afirmou. “Procurar chamar atenção do motorista para as leis para que ele respeite a velocidade, que ele respeite uma faixa de pedestre, para que ele respeite um pare, uma faixa de retenção, enfim são ações práticas nós estamos fazendo, na fiscalização e na sinalização, mas na educação de trânsito que vamos investir muito a partir desse ano” completou.
Das vítimas fatais no ano de 2018, 57%, o equivalente a 89 pessoas mortas são motociclistas. 23%, o que representa um total de 34 pessoas são pedestres. Com o primeiro grupo foram gastos em assistência R$ 2,8 milhões o segundo R$ 784 mil. Somando todas as vítimas de acidentes de trânsito, os gastos chegaram a mais de R$ 4 milhões.
A superintendente de vigilância em Saúde da Prefeitura de Goiânia, Flúvia Amorim, disse que os acidentes de trânsito acabam resultando em consequências para o sistema único de saúde. Para a superintendente, um hospital como o Hospital de Urgências, que atende a grande maioria, poderia fazer outro tipo de atendimento, se conseguisse reduzir os números de acidentes.
“Quando a gente avaliou, por exemplo, os dados de 2017, foram gastos, isso só no atendimento direto, foram R$ 4 milhões só em um ano. Então os gatos são muito maiores que esses” ressaltou. “Mais do que número, mais do que questão financeira, são vidas que a gente está salvando, então quando a gente fala que reduziu de 190 para 156, são mais de 40 de vidas que foram salvas devido a essas ações” concluiu.
Do total de vítimas, 77% moram em Goiânia. 83% são homens e 17 % de mulheres.